segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Tenha Sonhos

Você precisa ter sonhos, para que possa se levantar, todas as vezes que cair.
Acreditar que, a toda hora, acontecerão coisas boas, e mudar o rumo da sua vida.
Você precisa ter sonhos grandes e pequenos. Os pequenos são as felicidades mais rápidas, os grandes são os que dão força para suportar o fracasso dos sonhos pequenos.

Você tem que regar os teus sonhos todos os dias, assim como se rega uma planta para que cresça...
Precisa dizer sempre a você mesmo: "Vou conseguir! - vou superar! - vou chegar no meu sonho!"

Fazendo isso, você estará cultivando sua luz, a luz das esperanças, que nunca deve se apagar, pois ela é a imagem que você passa pras outras pessoas.
É através dessa luz que todos vão lhe admirar, acreditar em você e te seguir.

Mire -se na lua, pois se você não puder atingi-la, com certeza irá conhecer grandes estrelas... Ou quem sabe, poder ser uma delas!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Culto a Virtude

“Graças te dou, meu Pai, Senhor do Céu e da Terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos,
e as revelaste aos pequeninos; assim é, Pai,
porque assim foi do teu agrado.” (Evangelho)

Que coisas são essas que, no dizer de Jesus, são reveladas aos pequeninos e inscientes, e ocultas aos sábios e entendidos?

São os predicados da alma, o bom senso, os dotes do coração.

De que serve o homem possuir largo saber e vasta erudição, sendo, contudo, um indivíduo amoral?

O saber desacompanhado da virtude degenera em vaidade, em presunção, em orgulho: mais causa dano que benefícios.

A educação abrange três aspectos distintos, que se completam: o moral, o intelectual e o físico. Do harmônico desenvolvimento dessa trindade depende a formação do caráter, que é o distintivo do homem, visto como homem sem caráter não é homem, é sombra que passa.

Houve tempo em que se imaginou que o valor estava na força. Cultivava-se então o físico com menosprezo da mente e do coração. Resultado: povos selvagens, costumes bárbaros, sociedades bastardas.

Seguidamente pretenderam que a solução do problema da vida estivesse na Ciência. Desenvolveu-se a inteligência, descurando os sentimentos. Resultado: materialismo dissolvente, mascarado com rotulagens pomposas, costumes licenciosos, sociedades corruptas.

Chegou, pois, a vez de render culto ao espírito, à virtude. Falhou a força, falhou a ciência materialista. Apelemos para o espírito: eduquemos o coração; despertemos os sentimentos.

Os homens possuídos do sentimento da moral e da ideia de justiça, são elementos preciosos no seio da sociedade. Eles fazem mais e melhor para o bem da Humanidade que as inteligências de escol e as grandes mentalidades desprovidas daqueles predicados. Estes são fogos de artifício. Aqueles são faróis que iluminam e norteiam, são exemplos que convertem e edificam as nações.

O mundo precisa de homens bons e honestos. Os sábios epicuristas já deram sobejas provas de incompetência. Só os homens de probidade e de consciência salvarão a situação.

Já o iluminado Paulo dizia com grande acerto e justeza: “Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos; se eu tiver o dom das profecias que me revele todos os mistérios; se eu, em suma, conhecer todas as ciências e não tiver amor, de nada tudo isso me aproveitará, e eu nada serei”.

E que é o amor? O amor é o sentimento por excelência. Dele derivam todas as virtudes, pois estas não são mais que modalidades ou aspectos dele. Cultivar o amor é educar o espírito, é formar e consolidar o caráter, é realizar em verdade o objeto supremo da vida.

O Espiritismo, desfraldando seu estandarte, em cujas dobras insculpiu a legenda: - “Fora do amor não há salvação”, proclama as bases da verdadeira religião, rememorando ao mesmo tempo a síntese de todas as mais belas e empolgantes revelações que o Céu, através dos séculos, tem outorgado à Humanidade.

Livro: Nas Pegadas do Mestre
Autor: Vinicius (pseudônimo) – Pedro de Camargo
8ª Edição em 1992 – Editora Federação Espírita Brasileira (FEB) –
Páginas: 141 até 142 – Brasília-DF – 1933

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O céu está na alma

A crença mais difundida entre os homens identifica o céu como um local determinado no espaço.
Para lá seguiriam as almas dos eleitos.
O aspecto e o conteúdo desse lugar refletem ideais de prazer material das diversas culturas existentes na Terra.
 

Algumas dessas culturas afirmam que cada homem terá diversas virgens à sua disposição.
Outras sustentam que o paraíso é repleto de anjos tocando harpas.
Em eterna contemplação, as almas se refestelariam no ócio.
Tais concepções refletem o desejo de saciar inúmeros vícios, como gula, preguiça e sensualidade.
Contudo, não é possível conceber que almas sublimes encontrem alegria em nada fazer ou em satisfazer paixões.
O que caracteriza os grandes homens é a sua dignidade e o seu incansável labor em favor dos semelhantes.
Não é crível que a morte física os degenere.
E que a partir dela se tornem rematados desocupados cheios de vícios.
Consequentemente, o paraíso não pode ser um local de ócio e desfrutes.
Na verdade, o céu não é um lugar delimitado.
A evolução científica evidencia a impossibilidade dele se situar no alto das nuvens, como durante certo tempo se concebeu.
O homem gradualmente explora recantos cada vez mais longínquos, sem perigo de encontrá-lo.
Tendo em mente que o que sobrevive à matéria é o Espírito, suas recompensas e penúrias devem ser todas imateriais.
A rigor, o céu é um estado de consciência.
Não é preciso desencarnar para estar no céu ou no inferno.
Cada homem traz, nas profundezas do próprio ser, a grandeza ou a miséria resultantes de seus atos.
Um homem honrado experimenta plenitude interior onde quer que se encontre.
Já um celerado permanece em sobressalto mesmo no mais luxuoso dos palácios.
O céu é um estado de harmonia com as Leis Divinas.
Tais Leis são reveladas pela natureza e encontram-se inscritas na consciência de cada ser.
A semelhança em face da dor, da doença e da morte revela que todos os homens são essencialmente iguais.
As diferenças de caracteres refletem o bom ou mau aproveitamento das anteriores encarnações.

Todos os Espíritos foram criados em estado de total simplicidade.
E todos fatalmente se tornarão anjos de amor e sabedoria.
As desigualdades são transitórias e retratam o esforço individual.
Quem gastou bem o tempo acumulou tesouros intelectuais e morais.
Aquele que se permitiu viver na leviandade ressente-se das oportunidades que desperdiçou.
Os vícios e paixões que porta são a herança que preparou para si.
A igualdade essencial dos seres indica um dever de solidariedade.
O homem mais avançado precisa auxiliar os que seguem na retaguarda. 

Trata-se de um dever elementar de humanidade, não de um favor.
Esse auxílio não se cinge a esmolas, muitas vezes humilhantes.
Nem reflete conivência com equívocos.
A criatura consciente necessita dar exemplos de dignidade e trabalho.
Também precisa demonstrar compaixão com os semelhantes.
Auxiliá-los a perceber os próprios equívocos e a repará-los.
Quem é honesto, trabalhador e solidário realiza a tarefa que lhe cabe no concerto da vida.
Harmoniza-se com sua consciência e vive em estado de plenitude.
Acerta-se com o passado e descobre a alegria que é trazer uma larga faixa de céu no coração.