terça-feira, 29 de novembro de 2016

Nos dias difíceis - Emmanuel

Nos dias difíceis, reflete nos outros dias difíceis que já se foram.

Depois de atravessados transes e lutas que supunhas insuperáveis, não soubeste explicar a ti mesmo de que modo os venceste e de que fontes hauriste as forças necessárias para te sustentares e refazeres, durante e depois das refregas sofridas.

Viste a doença no ente amado assumir gravidade estranha e sem que lograsses penetrar o fenômeno em todos os detalhes, surgiu a medicação ou a providência ideais que a arrebataram da morte.

Experimentaste a visitação do desânimo, à frente dos obstáculos que te gravaram a vida, mas sem que te desses conta do amparo recebido, largaste o desalento das trevas e regressaste à luz da esperança.

Crises do sentimento que se te afiguravam invencíveis, pelo teor de angústia com que te alcançaram o imo da alma, desapareceram como por encanto sem que conseguisses definir a intervenção libertadora que te restituiu à tranqüilidade.

Sofreste a ausência_de_seres_imensamente_queridos, chamados pela desencarnação, por tarefas inadiáveis, a outras faixas de experiência. No entanto, sem que dependesses qualquer esforço, outras almas abençoadas apareceram, passando a nutrir-te o coração com edificante apoio afetivo.

Tudo isso, entretanto, sucedeu porque persististe na fé, aguardando e confiando, trabalhando e servindo, sem te entregares à deserção ou à derrota, ofertando ensejo à Bondade de Deus para agir em teu benefício.

Nas dificuldades em andamento, considera as dificuldades que já venceste e compreenderás que Deus, cujo infinito amor te sustentou ontem, sustentará também hoje.

Para isso, porém, é imperioso permanecermos fiéis ao cumprimento de nossas obrigações, de vez que a paciência, no centro delas, é o dom de esperar por Deus, cooperando com Deus sem atrapalhar.

Chico Xavier - Emmanuel


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Campanha de Natal 2016







Monte a sua Sacola e entregue até o dia 05/12/2016


Os ítens acima são sugestões, 
faça o que o seu coração mandar


As Sacolas serão entregues no dia 11/12/2016 
com saída às 11:00h da 
Casa de Caridade, Rua Lutécia, 728
Vila Carrão - São Paulo - SP
Para a Confraternização na Rua Haroldo Piccina, 133 
Jd Aricanduva, ao lado do Carrefour e Ossan Atacadista. 







Paciência e Nós


Quando as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe descrer da vitória final...
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras...
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas...
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas...
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo...
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges...
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar confor-midade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e pros-seguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.



sábado, 12 de novembro de 2016

#dickadodia


O Vestido Azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma garotinha muito bonita. Ela freqüentava a escola local. Sua mãe não tinha muito cuidado e a criança quase sempre se apresentava suja. Suas roupas eram muito velhas e maltratadas.

O professor ficou penalizado com a situação da menina. "Como é que uma menina tão bonita, pode vir para a escola tão mal arrumada?".

Separou algum dinheiro do seu salário e, embora com dificuldade, resolveu lhe comprar um vestido novo. Ela ficou linda no vestido azul. Quando a mãe viu a filha naquele lindo vestido azul, sentiu que era lamentável que sua filha, vestindo aquele traje novo, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a lhe dar banho todos os dias, pentear seus cabelos, cortar suas unhas...

Quando acabou a semana, o pai falou:

- "Mulher, você não acha uma vergonha que nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more em um lugar como este, caindo aos pedaços? Que tal você ajeitar a casa? Nas horas vagas, eu vou dar uma pintura nas paredes, consertar a cerca plantar um jardim."

Logo mais, a casa se destacava na pequena vila pela beleza das flores que enchiam o jardim, e o cuidado em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morar em barracos feios e resolveram também arrumar as suas casas, plantar flores, usar pintura e criatividade. Em pouco tempo, o bairro todo estava transformado.

Um homem, que acompanhava os esforços e as lutas daquela gente, pensou que eles bem mereciam um auxílio das autoridades. Foi ao prefeito expor suas idéias e saiu de lá com autorização para formar uma comissão para estudar os melhoramentos que seriam necessários ao bairro. A rua, de barro e lama, foi substituída por asfalto e calçadas de pedra. Os esgotos a céu aberto foram canalizados e o bairro ganhou ares de cidadania.

E tudo começou com um vestido azul...


Não era intenção daquele professor consertar toda a rua, nem criar um organismo que socorresse o bairro. Ele fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou fazendo que outras pessoas se motivassem a lutar por melhorias. Será que cada um de nós está fazendo a sua parte no lugar em que vive? Por acaso somos daqueles que somente apontamos os buracos da rua, as crianças à solta sem escola e violência do trânsito? Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.

Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade. Você acaba de receber um lindo vestido azul. Faça a sua parte.
A atitude das pessoas, faz a diferença. Pense nisso.

Autor desconhecido

sábado, 5 de novembro de 2016

Partida e chegada

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: Já se foi.
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha, quando estava próximo de nós.
Continua tão capaz, quanto antes, de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.
E talvez, no exato instante em que alguém diz: Já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: Lá vem o veleiro.
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: Já se foi.
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: Já se foi, no mais Além, outro alguém dirá feliz: Já está chegando.
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro, partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da Imortalidade que somos todos nós.
* * *
Victor Hugo, poeta e romancista francês, que viveu no século XIX, falou da vida e da morte dizendo:
A cada vez que morremos ganhamos mais vida. As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhante.
Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou.
Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou.
Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte.
O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente.


Redação do Momento Espírita, com pensamentos
finais de Victor Marie Hugo, 
do livro A reencarnação através dos séculos, 
de Nair Lacerda, ed. Pensamento




sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Disciplina da Caridade

Milhões de pessoas se dedicam, na Terra, aos exercícios de aperfeiçoamento individual, em regime de solidão.

Internam-se em celas, rochas, casas e pousos agrestes; deitam-se sobre espinhos, maceram o próprio corpo, adotam posturas de auto-flagelação ou abraçam dietas de fome, procurando realizar a união com Deus, através de austeridades ascéticas.

Efetivamente, todos esses sistemas de auto-educação se erigem por estradas respeitáveis, cujo mérito não nos seria lícito sonegar.

Entretanto, com o Cristo, podemos esposar, onde estivermos a disciplina da cruz, melhorando a nós próprios e am­parando os outros.

Não teremos de enfrentar o jejum de sacrifício, mas seremos naturalmente chamados a severas restrições da alma com a renúncia ao apoio e ao afeto de seres queridos que nos reclamam abnegação e carinho para entenderem a vida com segurança. Não estaremos compelidos à reclusão nos ermos, no entanto, em muitos lances da existência, sofreremos ostracismo no próprio lar, exemplificando tolerância e devotamento. Não tentaremos repousar sobre pregos e espinhos, contudo, carregaremos na alma, bastas vezes, incompreensões e provas convertidas em estiletes invisíveis de angústia; e não nos veremos induzidos a exercícios que demandem tormentos corpóreos, mas, em muitos episódios do dia-a-dia, nos reconheceremos constrangidos ao esforço constante nas obras do bem, diante daqueles mesmos que nas agridem os melhores propósitos de elevação..

Se aspiras a encontrar libertação e burilamento, abraça a cruz de provas que a existência no mundo te oferece e, seguindo as rotas do Cristo, na disciplina da caridade, jornadearás sempre em caminho certo, porque o amor estará em ti e contigo, por fonte de vida e luz a brilhar.


Pelo Espírito de: Emmanuel 
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier 
Reunião Pública da Comunhão Espírita Cristã - Uberaba - MG
Fonte: Reformador - Janeiro, 1975



quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Envelhecer sorrindo

Dizem que uma das bênçãos da vida é envelhecer. Talvez seja esse o motivo pelo qual se observam tantas criaturas que envelhecem sorrindo.
Ao longo dos anos, elas venceram, semearam a boa semente. Aprenderam que o segredo da vida é amar sem querer a posse. É como jogar um bumerangue e deixar que se vá, sem aguardar o retorno.
Lembramos de uma brasileira nesses moldes.
Seu nome é Eunice Weaver. Moça de olhos brilhantes e personalidade incomum, fez curso de Sociologia e sentiu-se feliz com o seu diploma.
Com ele se sentia capaz de consertar o mundo, saltar todas as barreiras.
Um dia, ela foi chamada pelo Presidente Getúlio Vargas para promover a instalação de educandários, em todo país, a fim de receber os filhos dos hansenianos que viviam, naquela época, à beira das estradas, jogados como lixo, porque a sociedade não os aceitava nas suas proximidades.
Montada no cavalo, Eunice saiu para a sua missão sem pensar, com certeza, que aquele momento significava o início de uma caminhada que duraria toda uma vida.
Sua primeira tristeza foi quando teve que convencer os filhos das mulheres hansenianas que eles deveriam se separar de suas mães para que pudessem crescer em ambiente são, livres da moléstia tão rude.
Sua segunda tristeza surgiu quando ela pediu às mães que a deixassem levar os seus filhos para que pudessem, livres da doença, conviver com a sociedade e serem úteis a ela, àquela mesma sociedade que as havia expulsado de seu convívio.
Eram tempos de muita ignorância a respeito da hanseníase.
Eunice sentiu suas primeiras lágrimas brotarem quando essas mulheres, com as fisionomias de um sofrimento que ela não sonhava existir, abraçando com amor seus pequeninos filhos, abriam os braços, permitindo que ela os levasse.
Eles, os seus filhinhos queridos, a única alegria naquele mundo de pesadelos, de isolamento e de dor.
Ela construiu casas para receber essas crianças. Construiu um mundo novo para que elas pudessem ter o mínimo que uma criatura humana merece ter: saúde e um lar.
Onde ela passava, deixava o seu rastro de bondade. Foi recolhendo seres humanos que se comoviam com o seu trabalho e passavam a fazer parte da sua equipe.
Um dia, já de cabelos grisalhos, Eunice recebeu a carta de um hanseniano. Ele agradecia a acolhida que seus filhos tiveram num dos educandários.
Falava da boa alimentação, da educação, do carinho com que foram recebidos e, muito especialmente, agradecia o amor que os havia tornado bondosos e generosos.
Engasgada de emoção, ela sorriu. Sorriu recordando as outras cartas de engenheiros, aviadores, advogados, professores, todos filhos de hansenianos por ela encaminhados na vida, narrando as suas vitórias, as suas conquistas, os seus trabalhos, que deram às vidas deles as alegrias sadias dos que são acolhidos no amor.
Envelhecer sorrindo. Envelhecer semeando dádivas de amor.
Curiosidades
Eunice Weaver foi assistente social e jornalista diplomada nos Estados Unidos.
Para realizar o seu trabalho de abnegação junto aos hansenianos, ela estagiou nas Ilhas Sandwich, no Pacífico, no Egito, na China, no Japão e na Índia.
Seu lema era: O Senhor sempre está poderoso ao lado daqueles que nele confiam e esperam. 


com base no texto Eunice Weaver, uma vida para o bem, de Vera Brant 
(dezembro de 1966) e no cap. 5, 1ª parte, do livro
Sublime expicação, pelo Espírito Victor Hugo, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. FEB.


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