quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Dias Difíceis

Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.
Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.
Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.
No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.
Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.
Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.
Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.
São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.
Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.


No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.
São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.
Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.
Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...
Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.
Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.
Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.
Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.
Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.
Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias. 


Médium: Raul Teixeira Autor: Camilo 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Tédio leva a depressão


Sempre que colocarmos nossa felicidade nos bens materiais, nos esquecendo dos bens espirituais, seremos sérios candidatos à melancolia, tristeza, amargura, desalento e o tédio.
Todos esses sentimentos, por sua vez, em conjunto ou isoladamente, nos levarão à tão terrível doença que assola a humanidade atualmente, causando assombro. É a doença do século, a depressão.
É chegado o tempo em que o homem reconhecerá, que até aqui tem vivido de meras ilusões.

Uma vida construída sobre enganos e fantasias.

Assim, chegou o momento de pararmos e repensarmos os nossos valores.
O que realmente viemos fazer no mundo? 

Qual o propósito de nosso Criador?
Estamos aqui na Terra para quê? 
Será que estamos aqui para que através das lutas, e das dificuldades possamos aprimorar e engrandecer o Espírito, ou somente para nos preocuparmos com as coisas mundanas como ter, adquirir mais, ou seja, só para acumularmos bens materiais?
Não, meus amigos, nossa consciência Divina sabe que viemos aqui para algo maior.
Somente a vida material não preenche nosso Eu interior.
Quando nos damos conta disso vem o tédio.
Assim, não deixemos que o tédio tome conta de nossas vidas, pois é um erro, um engano.
Não viemos aqui para matar o tempo, mas para crescermos, e voltarmos à nossa Pátria verdadeira, ricos em conhecimento e aprendizado.
Vamos trabalhar pelo bem do próximo, auxiliando a todos quanto pudermos, levando amor, paz e compreensão a todos.
Aproveitemos todas as oportunidades que nos são dadas.
Jesus conta conosco na elevação deste mundo.
Sejamos os instrumentos que o Cristo Jesus espera de nós!



segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

O mestre e a cobra

Um mestre do Oriente viu quando uma cobra estava sendo queimada e decidiu tirá-la do fogo, mas quando o fez, a cobra o picou. Por reflexo e pela de dor, o mestre a soltou e a cobra caiu novamente no fogo, voltando a se queimar…

O mestre tentou tirá-la novamente e novamente a cobra o picou.

O discípulo que estava observando a tudo, se aproximou do mestre e lhe disse:

— Desculpe-me, mestre… Eu já entendi que todas as vezes que tentar tirar a cobra do fogo ela irá picá-lo!

O mestre então explicou:

— A natureza da cobra é picar, mas isto não vai mudar a minha, que é ajudar.

Então, com a ajuda de um pedaço de madeira o mestre tirou a cobra do fogo e salvou sua vida.

Não mude sua natureza só porque alguém lhe fez algum mal… Não perca a sua essência, apenas tome precauções.

Alguns perseguem a felicidade, outros a criam.

Preocupe-se mais com sua consciência do que com a sua reputação, porque a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você.

E o que os outros pensam, não é problema nosso… é problema deles…




domingo, 27 de janeiro de 2019

#Dickadodia






Oração de Iluminação

Senhor se no mundo que me cerca eu não puder enxugar uma lágrima, não conseguir dizer uma palavra de conforto
Fazer alguém sorrir de verdade
O Deus se eu não souber ser justo humilde atencioso e promotor da esperança na terra
Se não puder lutar contra as injustiças
Agir com dignidade
Deixar de me irritar com as pequenas coisas
Compreender que os outros também têm suas limitações
Senhor se eu não souber aceitar a tua vontade acima da minha própria vontade então, não permita que eu condene as guerras e ore pela paz
Não aceita a oferta que eu te oferecer
Nem escute os meus constantes pedidos de socorro
Mas quando vier te pedir perdão
Oh Deus, perdoa-me por inteiro e lava meu coração no sangue da nova e eterna aliança contigo por meio de Jesus teu filho amado
Ilumina a minha inteligência e aminha vontade, para que eu possa viver na tua presença todas as horas do dia e todos os dias da vida.
Amém



sábado, 26 de janeiro de 2019

Tudo Depende de Mim

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite.

É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo… ou agradecer às águas por lavarem a poluição.

Posso ficar triste por não ter dinheiro… ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.

Posso reclamar sobre minha saúde… ou dar graças por estar vivo.

Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria…. ou posso ser grato por ter nascido.

Posso reclamar por ter que ir trabalhar…. ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com as tarefas da casa… ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.

Posso lamentar decepções com amigos… ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.

O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser ser.

Charles Chaplin


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Oração Rogativa

Senhor Jesus!
Agradecendo-te o amparo de todos os dias, eis-nos aqui, de espírito, ainda em súplica, no campo em que nos situaste.
Ensina-nos a procurar na vida eterna a beleza e o ensinamento da temporária vida humana!
Apesar de amadurecidos para o conhecimento, muitas vezes somos crianças pelo coração.
Ágeis no raciocínio, somos tardios no sentimento.
Em muitas ocasiões, dirigimo-nos à tua infinita Bondade, sem saber o que desejamos.
Não nos deixes, assim, em nossas próprias fraquezas!
Nos dias de sombra, sê nossa luz!
Nas horas de incerteza, sê nosso apoio e segurança!
Mestre Divino!
Guia-nos o passo na senda reta.
Dá-nos consciência da responsabilidade com que nos enriqueces o destino.
Auxilia-nos para que o suor do trabalho nos alimente o lume da fé.
Não admitas que o verme do desalento nos corroa o ideal e ajuda-nos para que a ventania da perturbação não nos inutilize a sementeira.
Educa-nos para que possamos converter os detritos do temporal em adubo que nos favoreça a tarefa.
Ao redor da leira que nos confiaste, rondam aves de rapina, tentando instilar-nos desânimo e discórdia...
Não longe de nós, flores envenenadas deitam capitoso aroma, convidando-nos ao repouso inútil, e aves canoras da fantasia, através de melodias fascinantes, concitam-nos a ruinosa distração...
Fortalece-nos a vigilância para que não venhamos a cair.
Dá-nos coragem para vencer a hesitação e o erro, a sombra e a tentação que nascem de nós.
Faze-nos compreender os tesouros do tempo, a fim de que possamos multiplicar os créditos de conhecimento e de amor que nos emprestaste.
Divino Amigo!
Sustenta-nos as mãos no arado de nossos compromissos, na verdade e no bem, e não permitas, em tua misericórdia, que os nossos olhos se voltem para trás.
Que a tua vontade, Senhor, seja a nossa vontade, agora e para sempre.
Assim seja.

Chico Xavier - Emmanuel

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Disciplina da caridade

Milhões de pessoas se dedicam, na Terra, aos exercícios de aperfeiçoamento individual, em regime de solidão.

Internam-se em celas, rochas, casas e pousos agrestes; deitam-se sobre espinhos, maceram o próprio corpo, adotam posturas de auto-flagelação ou abraçam dietas de fome, procurando realizar a união com Deus, através de austeridades ascéticas.

Efetivamente, todos esses sistemas de auto-educação se erigem por estradas respeitáveis, cujo mérito não nos seria lícito sonegar.

Entretanto, com o Cristo, podemos esposar, onde estivermos a disciplina da cruz, melhorando a nós próprios e am­parando os outros.

Não teremos de enfrentar o jejum de sacrifício, mas seremos naturalmente chamados a severas restrições da alma com a renúncia ao apoio e ao afeto de seres queridos que nos reclamam abnegação e carinho para entenderem a vida com segurança. Não estaremos compelidos à reclusão nos ermos, no entanto, em muitos lances da existência, sofreremos ostracismo no próprio lar, exemplificando tolerância e devotamento. Não tentaremos repousar sobre pregos e espinhos, contudo, carregaremos na alma, bastas vezes, incompreensões e provas convertidas em estiletes invisíveis de angústia; e não nos veremos induzidos a exercícios que demandem tormentos corpóreos, mas, em muitos episódios do dia-a-dia, nos reconheceremos constrangidos ao esforço constante nas obras do bem, diante daqueles mesmos que nas agridem os melhores propósitos de elevação..

Se aspiras a encontrar libertação e burilamento, abraça a cruz de provas que a existência no mundo te oferece e, seguindo as rotas do Cristo, na disciplina da caridade, jornadearás sempre em caminho certo, porque o amor estará em ti e contigo, por fonte de vida e luz a brilhar.


Pelo Espírito de: Emmanuel 
Psicografia de: Francisco Cândido Xavier 
Reunião Pública da Comunhão Espírita Cristã - Uberaba - MG
Fonte: Reformador - Janeiro, 1975




quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

A lição da árvore




Um homem bom, que amava a natureza, plantou a mudinha em um dia pleno de sol. Ela brotou exuberante e cheia de vida, feliz, espreguiçando os braços, alongando-os dia a dia.
De início, quase ninguém reparou naquele projeto de árvore que crescia e se cobria de folhas, agitando-as ao vento brando que as tocava.
Finalmente, ela se tornou uma árvore robusta, os ramos viraram galhos fortes e ela adquiriu a maioridade vegetal.
Nos dias de sol forte, as pessoas se acolhiam debaixo de sua fronde, enquanto aguardavam a condução que as levariam aos seus destinos. As crianças aproveitavam para se pendurar em seus braços, balançando-se de cá para lá.
E todos foram se acostumando com aquela presença amiga e silenciosa que dava sombra, que suportava as pessoas que se encostavam em seu tronco, que aguentava as crianças subindo e descendo, e se pendurando em seus galhos.
Contudo, numa noite de tristeza, um homem descontente com as folhas que caíam no outono e as flores da primavera que atapetavam o chão, resolveu cortar a árvore.
Ele não queria o trabalho de recolher as folhas mortas, nem de varrer as flores que coloriam a relva e formavam interessantes arabescos.
Quando o dia despertou, o que se via eram os galhos cortados, amontoados na calçada e um pedaço de tronco erguendo-se nu, quase envergonhado.
As crianças lamentaram, os adultos questionaram quem teria executado tal maldade.
E o tronco lá ficou, liso, em pé, sem proteção alguma, aguentando o frio das noites invernosas e o calor das tardes. Também a chuva, o vento.
E todos pensaram que a árvore morreria de tristeza e de dor por tanta crueldade. Ela dera tudo de si, doara-se sem reservas.
Que recebera em troca senão uma sentença de morte?
Entretanto, os dias rolaram, emendando na semana que se enroscou no mês e os meses na estação seguinte.
Então, a árvore corajosa resolveu brotar novamente. E pequenas folhas verdes apareceram no topo do tronco e nas laterais.
Folhas tenras, anunciando o retorno à vida. A árvore esqueceu os maus tratos, a tentativa de morte e num gesto de autêntico perdão, se dispôs a reviver.
* * *
O grande Olavo Bilac, ao se referir às velhas árvores, escreveu, um dia:
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem.
Parafraseando o poeta, dizemos que bom seria que aprendêssemos com as árvores a lição do perdão, ofertando a quem nos fere a outra face, a da doação.
Bom seria que, decepados pela calúnia e pela maldade, nos erguêssemos, ofertando flores e frutos em abundância.
Pensemos nisso: perdão é gesto de quem não agasalha mágoas, nem alimenta rancor. É gesto de quem vive liberto porque não se permite a prisão da dor da revolta pela injustiça.
Nem se deixa infelicitar pela infelicidade e inveja dos maus. Vive plenamente, produz todo o bem que possa e releva os atos indignos, próprios de quem vive prisioneiro de sua própria pequenez.
Sejamos pois, como a árvore amiga, retribuindo o mal com o bem e nos importando muito mais com quem nos ama do que com quem nos despreza.



Valorizemos o amor. 

Valorizemos o bem.


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Julgamentos precipitados

Quantas vezes já aconteceu?
Um servidor dedicado, após anos de trabalho irrepreensível, comete um deslize. Logo, todos os tantos anos de dedicação são esquecidos.
Sobre ele recaem acusações, desconfianças.
Um amigo de infância, adolescência, juventude, alguém com o qual rimos, choramos, confiamos, comete uma pequena falha.
Diz-nos um não. É o suficiente.
Anos de convivência são sepultados de um só golpe.
Um voluntário que serve dedicada e perseverantemente meses, anos, sempre sorridente, feliz, um dia, por algo que lhe ocorre e o perturba, se exaspera, fala mais alto.
Logo, tudo que fez até então é esquecido e somente aquele gesto de um momento de irreflexão é apontado, falado, julgado.
São retratos da vida. Ocorrem em muitos lugares.
E nos fazem recordar de uma história muito interessante.
A de um pai que desejava ensinar aos seus quatro filhos a respeito de julgamentos.
Assim, a cada um enviou em uma estação diferente do ano a uma terra distante para observar uma determinada árvore.
O primeiro filho chegou no inverno, o segundo na primavera, o terceiro no verão e o quarto no outono.
O primeiro informou que a árvore era feia, além de seca e toda distorcida.
O segundo disse que, ao contrário, a árvore estava carregada de botões, cheia de promessas.
O outro filho contestou aos dois irmãos e afirmou que viu a árvore coberta de flores. Que elas tinham um cheiro tão doce e eram tão bonitas, que ele arriscaria dizer que eram a coisa mais graciosa que ele jamais havia visto.
Finalmente, o quarto filho falou que a árvore estava tão cheia de frutas, tão carregada de vida, que chegava estar arqueada.
O pai, ponderado, explicou que todos estavam certos, no entanto, cada um deles julgara a árvore exatamente pela época do ano em que a havia visto.
Na vida, continuou, também é assim. Quase sempre somos precipitados nos julgamentos.
Para julgar com acerto, compete-nos observar com atenção, colher informações detalhadas.


* * *
Dessa forma, não julguemos situações e pessoas por um momento apenas.
Consideremos que todos passamos pelos dias desolados do inverno. Dias de tristeza, de solidão, de problemas superlativos.
Nessa estação da vida, parecemos árvores de galhos retorcidos.
Contudo, quando a esperança faz morada na intimidade, carregamo-nos de promessas, de botões prontos a explodirem em flores.
Então, acenamos com cores vibrantes, flores perfumadas, graciosas que, logo mais, se transformarão em produção abundante de frutos.
Pensemos nisso e não façamos julgamentos precipitados de situações, de pessoas, de companheiros, de amigos.
Verifiquemos, antes, em que estação do ano estagia a alma de quem vamos julgar.
E, se descobrirmos que o inverno envolve aquela criatura, estendamos a contribuição do sol da nossa amizade, o adubo do nosso auxílio, a proteção do nosso carinho.



segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O que é importante não muda

Tenha sempre em mente que a pele enruga, o cabelo embranquece e os dias convertem-se em anos… Mas o que é importante não muda. A sua força e convicção não tem idade O seu espírito é como qualquer teia de aranha. Atrás de cada linha de chegada há sempre uma de partida. Atrás de cada conquista, vem um novo desafio. Enquanto estiver viva, sinta-se viva… Se sentir saudades do que fazia volte a fazer. Não viva de fotografias amarelecidas… Continue quando todos esperam que desista. Não deixe que enferruje o ferro que existe em você. Faça com que em vez de pena tenham respeito por você. Quando não conseguir correr através dos anos, caminhe! Quando não conseguir caminhar use uma bengala… Mas nunca se deixe deter…
Madre Teresa de Calcutá.


domingo, 20 de janeiro de 2019

Águia ou Galinha




Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização. Oxalá nos faça pensar sempre a respeito.

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.

Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.

Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.

Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.

- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.

Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.

O camponês sorriu e voltou a carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.

Foi quando ela abriu suas potentes asas.

Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.

Voou. E nunca mais retornou."

Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”

Extraído de artigo publicado pela Folha de São Paulo, 
por Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor de ética da UERJ


sábado, 19 de janeiro de 2019

Acalma-te

“...a Deus tudo é possível...”
Jesus - MATEUS 19: 26

Seja qual for a perturbação reinante, acalma-te e espera, fazendo o melhor que possas.

Lembra-te de que o Senhor Supremo pede serenidade para exprimir-se com segurança.
A terra que te sustenta o lar é uma faixa de forças tranqüilas.
O fruto que te nutre representa um ano inteiro de trabalho silencioso da árvore generosa.
Cada dia que se levanta é convite de Deus para que lhe atendamos à Obra Divina, em nosso próprio favor.
Se te exasperas, não Lhe assimilas o plano.
Se te afeiçoas à gritaria, não Lhe percebes a voz.
Conserva-te, pois, confiante, embora a preço de sacrifício.
Decerto, encontrarás ainda hoje, corações envenenados que destilam irritação e desgosto, medo e fel.
Ainda mesmo que te firam e apedrejem, aquieta-te e abençoa-os com a tua paz.
Os desesperados tornarão à harmonia, os doentes voltarão à saúde, os loucos serão curados, os ingratos despertarão...
É da Lei do Senhor que a luz domine a treva, sem ruído, sem violência.
Recorda-te que toda dor, como toda nuvem, forma-se, ensombra-se e passa...
Se outros gritam e oprimem, espancam e amaldiçoam, acalma-te e espera..
Não olvides a palavra do Mestre quando nos afirmou que a Deus tudo é possível, e,
garantindo o teu próprio descanso, refugia-te em Deus.

Chico Xavier - Emmanuel





sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

A fé

Certo dia de sol muito forte no mosteiro, o monge LIU-PEI se aproxima do sábio KWAN-KUN e lhe faz um pedido até meio curioso.

– Querido mestre, gostaria que o senhor me indicasse um guia espiritual para tomar conta de mim.

O sábio KWAN-KUN vendo a ingenuidade no pedido do monge assim se expressou:

– Querido LIU-PEI, deves fazer suas orações não em quantidade, mas em qualidade, para que Deus possa analisar seus pedidos.

– Tenha fé que Deus ouvirá suas preces. LIU-PEI então diz:

– Desta forma o senhor não me disse nada com nada, ao que o sábio retrucou.

– Te ensinei sim, que tudo que fazes tens que ter fé. Pois fé não é como matemática que se transmite.

– O universo te fará encontrar o seu anjo da guarda pela forma como falares com DEUS.



quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Em busca da felicidade

Se questionarmos um grupo de pessoas acerca do que significa ser feliz, obteremos respostas as mais diversas.

Alguns dirão que ser feliz significa ter uma vida confortável, sem preocupações financeiras. Outros dirão que a presença dos familiares e amigos já é suficiente para nos trazer felicidade.

Outros, ainda, poderão dizer que ser feliz é encontrar um grande amor, alguém com quem possa dividir os momentos de alegria e os de tristeza. E outros mais dirão que uma saúde perfeita é o que basta para a felicidade.

Outras respostas poderíamos enumerar, sem podermos afirmar qual delas é a mais correta ou a menos errada, pois que não há uma resposta em definitivo.

O Evangelho segundo o Espiritismo, em seu capítulo quinto, nos apresenta a máxima A felicidade não é deste mundo.

Alguns poderiam pensar que tal ensinamento é uma barreira às esperanças que todos temos de encontrar a felicidade verdadeira. Porém, não é esse o propósito da sentença.

Essa verdade traz luz à grande diferença que há entre buscar uma felicidade, por vezes, utópica e ser feliz de verdade.

Há tantos que depositam suas esperanças de felicidade nas ilusões que o dinheiro e as posses materiais podem oferecer.

Passam a vida trabalhando para conquistar um império financeiro e mal percebem o quanto são escravos.

De repente, quando se dão conta, os filhos já cresceram, os pais já partiram, as amizades já se desfizeram e, nesse momento, nem toda a riqueza acumulada é suficiente para lhes trazer a tão sonhada felicidade.

Esquecem-se de que muitas pessoas são verdadeiramente felizes morando em casas singelas, com vidas financeiras limitadas.

A felicidade, portanto, não pode estar nos bens materiais.

Há outros que buscam a felicidade em um grande amor: Quando eu encontrar aquela pessoa especial, serei feliz, dizem eles.

Mas quantas pessoas têm um companheiro ou companheira ao lado e não são felizes? E quantos mais há que, mesmo estando solteiros, possuem sempre uma alegria nos olhos?

Assim, a felicidade não pode estar no outro.

Então, onde encontrar a felicidade? 
Como ser feliz?

A máxima do Evangelho nos ensina que a felicidade verdadeira é uma conquista do Espírito, pois que todos nós fomos criados para a felicidade eterna.

Tudo o que necessitamos para sermos felizes está em nossos corações.

* * *

Se hoje você se decidir por ser feliz, não há nada que possa impedi-lo, a não ser você mesmo.

Então não deixe para amanhã: brinque, sorria, valorize as coisas simples. Acompanhe o crescimento dos filhos, abrace, aperte a mão de quem lhe quer bem.

Não guarde mágoas e deixe no passado qualquer sentimento de culpa. Não se entregue à autopiedade.

Seja otimista. Vibre com as conquistas. Valorize o presente. Planeje o futuro.

Organize-se. Reserve um tempo para você. Reserve um tempo para a família. Reserve um tempo para obras sociais.

E lembre-se: Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.






O Evangelho segundo o 

Espiritismo, de Allan Kardec




quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

#dickadodia

Não consulte seus medos, mas suas esperanças e sonhos. 
Não pense sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não desenvolvido. 
Não se preocupe com os fracassos, acredite naquilo que você ainda realizará.
Papa João XXIII

Porque um dia o Amor entra pela porta.....

Como é tamanha a carência que sentimos. A necessidade de completude, de ter algo ou alguém que nos carregue nas costas e resolva todos os nossos problemas amorosos, sentimentais, conjugais, etc…

Na mitologia grega, conta-se que, haviam deuses no céu e humanos na terra. Os seres humanos eram formados por duas cabeças, oito membros e sentiam-se completos, inteiros. Nas fusões, homem/mulher, mulher/mulher, homem/homem, viviam suas vidas, felizes, sem muitas aventuras e faltavam-lhes motivos para chorar ou sofrer, sendo assim os deuses perdiam o seu valor e sentido e consequentemente seus adoradores.

Então Zeus no meio de sua fúria lançou um castigo contra os humanos, todos seriam divididos ao meio, formando apenas um e estariam condenados a viver incompletos, como se sempre faltasse algo que lhes preenchesse o coração, a alma ou a vida vazia e sem graça com a falta da sua metade, e caso um dia a encontrássemos, teríamos a sensação de que: estando juntos não estaríamos mais sozinhos e a solidão que aflige a mais fria alma, iria embora para sempre.



É engraçado, estar sozinha comigo mesma é a pior das aflições que sinto. Eu que deveria ser a minha melhor amiga sou a pessoa que mais me condena e maltrata. Anunciamos nossa solidão o tempo inteiro, na esperança aflita de encontrarmos alguém que compre o anúncio, e, destemido entre em nossa vida e mude todo o rumo da história, alguém com poder de mudar nossos planos e projetos. Alguém que com um simples gesto me salve da minha própria companhia e me livre do rótulo de solitária, ímpar, solo, solteirona (eca).


E daí? Eu sou o tipo de pessoa que apesar de, cometer vários suicídios da alma e querer me enforcar em praça pública de vez em quando, sou o tipo de pessoa que me acompanho muito bem. Aprendi a ter amor próprio, a duras penas não nego, mas aprendi a andar sozinha e me sentir bem.

Não quero completar, não quero alguém para me salvar, quero alguém que me entenda, valorize e não espere grandes feitios, sou ser humano, passível de erros e acertos, sou mulher cheia de vida e esperança, sou ainda uma criança que busca incansável se adaptar ao mundo a medida que seus sonhos se perdem no caminho.

Não me alugo para o dia dos namorados mas aceito convites pra sair, não quero um companheiro pra dividir o cobertor no frio, mas alguém que queira passar cada estação fazendo parte da minha vida, alguém que traga flores na primavera, ande de mãos dadas à beira da praia no verão, viaje comigo no outono e no inverno aqueça minhas mãos.
Não me alugo, não recebo currículo e não peço referências, apenas deixo o tempo colocar a magia no caminho e ai, o amor entra pela porta e aqui resolver ficar, quem pode saber?