sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão

Todos que estamos aqui hoje, no mesmo meio, nos encontramos em outras vidas; nossa relação de hoje, nosso encontro, é produto de outras existências. Como estamos novamente juntos, agora podemos acertar os erros do passado, para que na próxima vida que nos encontrarmos as coisas possam ser mais fáceis para todos, e os laços estarem mais fortalecidos.

As pessoas entram na nossa vida por uma “Razão”, ou por uma “Estação”, ou por uma “Vida Inteira”. Quando se percebe por qual motivo é, saberemos saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está na nossa vida por uma “Razão”é, geralmente, para suprir uma necessidade que demonstramos. Elas vem para auxiliar numa dificuldade, fornecer orientação e apoio, ajuda física, emocional ou espiritual. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que nós precisa que estejam. Então, sem nenhuma atitude errada da nossa parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação ao fim. Às vezes, eles simplesmente se vão, ou agem de uma forma para tomarmos uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando as pessoas entram em nossas vidas por uma “Estação”, é porque chegou nossa vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem a experiência da paz, nos fazem rir, nos fazem bem. Elas poderão ensinar algo que nunca tínhamos feito antes. Elas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer. É tudo real. Mas apenas por uma “Estação”.

Relacionamentos de uma “Vida Inteira” ensinam lições para toda a vida: coisas que se deve construir para ter uma formação emocional sólida. A nossa tarefa é aceitar as lições, amar a pessoa, e colocar o que aprendemos em uso em todos os outros relacionamentos e áreas da nossa vida.

"Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós
não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão."
(Chico Xavier)



quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Campanha da gentileza

O executivo estava na capital e entrou em um táxi com um amigo.

uando chegaram ao destino, o amigo disse ao taxista: Agradeço pela corrida. O senhor dirige muito bem.

E, ante o espanto do motorista, continuou: Fiquei impressionado em observar como o senhor manteve a calma no meio do trânsito difícil.

O profissional olhou, um tanto incrédulo, e foi embora.

O executivo perguntou ao amigo por que ele dissera aquilo.

Muito simples. – Explicou ele. Estou tentando trazer o amor de volta a esta cidade e iniciei com uma campanha da gentileza.

Você sozinho? – Disse o outro.

Eu, sozinho, não. Conto que muitos se sintam motivados a participar da minha campanha. Tenho certeza de que o taxista ganhou o dia com o que eu disse. Imagine agora que ele faça vinte corridas hoje. Vai ser gentil com todas as vinte pessoas que conduzir, porque alguém foi gentil com ele.

Por sua vez, cada uma daquelas pessoas será gentil com seus empregados, com os garçons, com os vendedores, com sua família. Sem muito esforço, posso calcular que a gentileza pode se espalhar pelo menos em mil pessoas, num dia.

O executivo não conseguia entender muito bem a questão do contágio que o amigo lhe explicava.

Mas, você vai depender de um taxista!

Não só de um taxista, respondeu o otimista. Como não tenho certeza de que o método seja infalível, tenho de fazer a mesma coisa com todas as pessoas que eu contatar hoje.

Se eu conseguir que, ao menos, três delas fiquem felizes com o que eu lhes disser, indiretamente vou conseguir influenciar as atitudes de um sem número de outras.

O executivo não estava acreditando naquele método. Afinal, podia ser que não funcionasse, que não desse certo, que a pessoa não se sensibilizasse com as palavras gentis.

Não tem importância, foi a resposta pronta do entusiasta. Para mim, não custou nada ser gentil.

* * *

Você já pensou como seria bom se agradecêssemos ao carteiro por nos trazer a correspondência em nossa residência?

Ao médico que nos atenda, ao balconista, ao caixa do supermercado...

E a um professor, então? Quantos se mostram desestimulados porque ninguém lhes reconhece o trabalho!


Se receber um elogio, se alguém lhe disser como é bom o trabalho que está realizando com seu filho, como ele influenciará todos os alunos das várias classes em que leciona!

E cada aluno levará a mensagem para suas casas, seus amigos, seus vizinhos.

Pode não ser fácil, mas se pudermos recrutar alguém para a nossa campanha da gentileza...

Diz um provérbio de autoria desconhecida que as pessoas que dizem que não podem fazer, não deviam interromper aquelas que estão fazendo alguma coisa.

Pensemos nisso e procuremos nos engajar na campanha da gentileza.

Pode não dar certo com uma pessoa muito mal-humorada. Mas também pode ser que ela se surpreenda por ser cumprimentada, e responda.

Melhor do que isso: pode ser que ela decida cumprimentar alguém. E, em fazendo isso, se sinta bem. E passe a cumprimentar as pessoas todos os dias.

Assim estaremos espalhando o gérmen da gentileza, que torna as pessoas mais próximas umas das outras.

Uma campanha que espalha confiança, tranquilidade...

Pensemos nisso e façamos nossa adesão à campanha da gentileza, transformando a nossa cidade num oásis de paz.


com base no cap.

O amor e o taxista, de autoria de Art Buchwald, do livro
Histórias para aquecer o coração, de Jack Canfield e

Mark Victor Hansen, ed. Sextante.
Em 16.8.2017



segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Construção do amor

Ele é um homem maduro, casado há mais de vinte anos. Tem um casaco marrom, que teima em usar em todas as ocasiões.

O casaco está curto e, é claro, um pouco apertado. Porque esse homem não tem o mesmo corpo de bailarino espanhol que tinha ao se casar.

Os anos, a falta de exercício regular, o fizeram adquirir alguns quilos a mais.

O casaco está meio descolorido, por ter passado, ao longo desses anos, por muitas lavagens.

Para a esposa, que preza a elegância, o casaco é um horror. Mas o marido se sente muito bem com ele. E não deixa de usá-lo, no dia a dia.

É sua marca registrada. Os amigos dizem que Marcos, sem aquele casaco, não é Marcos.

Certa feita, durante uma viagem, a esposa deliberadamente esqueceu o casaco em um hotel.

Pensou que se tivesse desfeito do artigo. No entanto, um amigo do casal, vendo o casaco abandonado no saguão do hotel, de imediato o identificou.

Dias depois, num embrulho bem feito, Marcos recebia seu apreciado casaco de volta. Ficou muito agradecido ao amigo.

Em outra oportunidade, entrando no carro de um amigo, que o levaria ao seu destino, a esposa já estava pensando: Que bom, ele esqueceu o casaco.

Mas, ele lembrou e pediu ao amigo: Por favor, espere um pouco. Não posso viajar sem meu casaco.

E lá se foram as esperanças da esposa de vê-lo trajando um casaco novo, recém adquirido.

Se você está pensando que a vida desse casal é uma constante discussão, está enganado.

Embora ela implique com o casaco de estimação do marido, eles se amam muito.

Esse homem maduro, que pode não parecer elegante aos olhos do mundo; que, por vezes, demora um pouco para entender as brincadeiras dos amigos, é um apaixonado pela esposa.

Para ela, as coisas têm que ser sempre as melhores. Dia desses, plantou em seu jardim uma roseira.

Quando as primeiras rosas vermelhas desabrocharam, exibindo suas corolas de sangue, ao sol, ele disse a um amigo:

Veja a roseira que plantei. Percebeu como ela está bem em frente à janela do nosso quarto?

Pois é. Rosas vermelhas são as flores preferidas de Isabel. Assim, toda vez que ela abrir a janela pela manhã, verá as rosas abertas e isso a deixará feliz.

Esse homem, que usa o mesmo casaco, há tanto tempo, é um enamorado da esposa.

Ela é apresentadora de um programa televisivo. Pois ele insiste para que esteja sempre renovando seu guarda-roupa.

Você precisa estar elegante, diz ele, demonstrando a sua preocupação pela imagem dela.

Os anos passaram. Os filhos cresceram. Talvez em tempo que não vá longe, ele se torne avô.

Ele não detém o corpo de bailarino que possivelmente tenha provocado os olhares primeiros daquela que hoje é sua esposa.

Contudo, não perde o sentimento dos primeiros tempos. Continua a ser o homem apaixonado.

E ela... naturalmente que o ama sempre mais.

Afinal, o amor da juventude amadureceu, tornou-se um sentimento forte, misto de respeito, companheirismo, cumplicidade.

E o que almejam ambos é que seus filhos tenham aprendido essa lição de amor e maturidade.

* * *

Na união a dois, é muito importante que cada um oferte ao outro o que possua de melhor.

Também que aprenda com seu cônjuge o que este tenha a lhe oferecer.

Assim procedendo, crescerão ambos e, na escola da vida, em que estamos todos matriculados, receberão o diploma da afeição que se solidifica e aprimora com o transcorrer dos anos.

Em uma palavra, desfrutarão felicidade.

domingo, 25 de novembro de 2018

Movimento

Imagine que por alguns instantes você ficasse sem se mexer. Parasse tudo que estivesse fazendo. Fechasse os olhos. Permanecesse estático.

Você se consideraria completamente parado, não é mesmo? Imóvel. Assim como a maioria das coisas ao seu redor.

Pois bem, isso não seria completamente verdade, pelo menos do ponto de vista absoluto.

Você acreditaria se afirmássemos que está viajando, primeiramente, a uma velocidade de cerca de mil, seiscentos e quarenta e cinco quilômetros por hora?

Sim, cerca de duas vezes a velocidade de um avião a jato.

A Terra está girando em torno de seu próprio eixo nesta grande velocidade e nós, como tudo mais no planeta, giramos junto.

Porém, não é apenas esta viagem que estamos fazendo. O planeta está dando um grande passeio em torno do sol, como bem aprendemos na escola, o movimento de translação.

Isso significa que também estamos viajando a cerca de cento e sete mil quilômetros por hora, dentro de nosso sistema solar.

Os dados magníficos e fascinantes não param por aí. Nosso sistema solar também está em movimento contínuo em relação ao centro da galáxia.

O sol arrasta todos os planetas com ele cerca de duzentos e quarenta metros por segundo, o que equivale mais ou menos a oitocentos e sessenta e quatro mil quilômetros por hora.

Resumindo: estamos voando pelo Cosmo a mais de novecentos mil quilômetros por hora e nos imaginamos completamente parados. Você já havia pensado nisso?

* * *

Tudo está em movimento, tudo está em atividade e tudo é regido por leis perfeitas que não erram nunca, que não abrem uma exceção.

A rotação não falha de vez em quando. A translação não muda de rota de tempos em tempos. Tudo segue um script determinado e majestoso.

E nós somos esses viajores velozes, deste Universo criado perfeito, onde tudo é movimento, onde tudo tem um papel, onde tudo cumpre sua missão.

E qual será a nossa?

Certamente não é a de permanecermos imóveis, pois nada no Universo está assim.

Tudo se move, tudo se expande, tudo ruma para cumprir a sua tarefa grandiosa sob a regência segura do grande Criador.

O Universo é movimento. A evolução é movimento.

Então, nos movimentemos.

Movimentemos nossas ideias. Estudemos, leiamos, forneçamos novos estímulos edificantes e bons desafios para nossa mente.

Movimentemos os pensamentos negativos. Não permitamos que criem ninho em nosso íntimo. Que possamos substituí-los por outros, melhores, mais otimistas e produtivos, o mais breve possível.

Movimentemos os pensamentos positivos. O pensamento é criador. Enviemos bons pensamentos a quem desejar.

A prece é comunicação, por isso, pensamento em movimento!

Movimentemos a tristeza. Quando ela surgir, mantenhamo-la perto apenas o tempo necessário para que nos faça refletir e aprender. Depois disso, respiremos fundo e abracemos, novamente, a alegria de viver.

Movimentemos o amor: alguns de nós temos tanto para dar, porém, nos escondemos do mundo. Doemo-nos. Doemos nosso tempo, movimentemo-nos mais na direção do outro.

Movimentemos nosso corpo: façamos exercícios. Alongamentos. Respiremos bem. Tratemos o corpo como ele merece. É um instrumento que necessita ser bem cuidado para que possamos realizar por completo nossa importante missão aqui na Terra.




sábado, 24 de novembro de 2018

Os pedidos da infância

O mundo adulto é, por vezes, sombrio. Envoltos na capa das preocupações, os homens se permitem a depressão, o estresse, o cansaço da vida.

Nesse ritmo, os dias se sucedem aos dias, enquanto o entusiasmo diminui e as horas se arrastam, pesadas.

Há quem, tendo vencido uma etapa maior de anos, se mostre totalmente em desalento, com a certeza de que dias melhores não virão jamais.

E dizem: Ainda bem que não tenho mais tantos anos para viver. Ainda bem que não verei os anos futuros. Pobres de meus netos que terão que aguentar isso tudo!

Ao lado desses que já desistiram de viver, apenas sobrevivendo a cada dia, existe uma outra classe de pessoas bem diferente.

Essa é entusiasta, alegre e tem a certeza absoluta de que o céu é azul, os sonhos são cor-de-rosa e o mundo é uma rica promessa de venturas.

Essa classe é composta pelas crianças das mais variadas idades. Desde os bebês, que estão descobrindo o mundo e que riem por tudo e por nada.

Riem porque o cachorro lhes lambe o rosto; porque o brinquedo caiu e fez um barulho esquisito; porque alguém lhes faz cócegas.

Essa classe sabe viver cada dia com intensidade.

Quando vai a uma festa, não se importa com a roupa, nem com o que será servido.

O que deseja é estar com os amigos e brincar. Amigos que podem ser de longa data. Amigos que pode fazer na hora, simplesmente a partir de um convite tentador:Quer brincar comigo?

Ao final do dia, depois das brincadeiras, das risadas, o estômago diz que é preciso comer.

E todos os que fazem parte dessa privilegiada faixa etária chamada infância vão à mesa. Com gosto e com vontade.

Cachorro-quente, brigadeiro, bolo, suco. Tudo serve para se deliciar.

E todos eles comem com os olhos, com as mãos, antes mesmo de levarem à boca o alimento.

Criança é assim. Faz cada coisa a seu tempo e com prazer. Brinca, come, descobre as mil delícias de viver cada momento.

Essa classe dá lições de vida todos os dias. Não foi por outro motivo que a sabedoria nazarena afirmou que todo aquele que desejasse entrar no reino dos céus deveria se assemelhar a um menino.

É porque a infância enfrenta os perigos, os desafios, com a certeza da vitória.

Criança não pensa que será um fracasso. Ela joga para ganhar, ela canta para agradar, ela busca a proteção dos braços do amor para se abrigar e se entrega, em totalidade.

Adormece, sem se preocupar se o hotel tem três ou cinco estrelas, se o quarto que lhe foi dado é pequeno ou grande.

E quando se entrega ao sono, faz a sua prece: Deus, obrigado pela vida.

Espero que ela tenha mais coisas boas do que ruins. Que todas as crianças tenham pais, que os pais sejam bons e as crianças, felizes.

Que sempre haja bastante brincadeira, festa, desenho animado, sorvete de chocolate e bolo na mesa de todas as crianças.

Agora eu vou dormir, Deus. Quando eu acordar, espero que o Senhor tenha já ouvido e atendido os meus pedidos.

Aprendamos com as crianças.




sexta-feira, 23 de novembro de 2018

A rosa e a raiva

Certa feita, no mosteiro o monge Liu-Pei, encontrava-se muito nervoso e com muita raiva, em relação a outro monge que o havia irritado.
Podia-se ver perfeitamente suas vibrações, negativas em relação a seu outro irmão.
O sábio Kwan-Kun vendo tudo aquilo não se conteve, e se aproximou do monge dizendo:
– Querido Liu, para que serve toda esta raiva?
– Acaso já não sabes que estas vibrações, poderão prejudicar ao seu irmão e a você?
– Não deixe que isto venha te prejudicar mais tarde.
– A melhor forma que podes realizar, é transformar os espinhos da raiva em doçura de perdão.
– Seu coração será como uma rosa, que regada pela doçura do perdão irá desabrochar, e proporcionará um encanto sem igual definição.
– Não deixe que a rosa do seu coração possa secar e murchar.
– As pétalas de rosas, que são nossas virtudes, ficarão mais edificantes quando você se modificar para melhor, e ter mais amor do que raiva.




quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Terrorismo interno

No ano de 1571, Michel de Montaigne, jurista e filósofo francês, escreveu:Minha vida foi repleta de catástrofes. A maioria delas nunca aconteceu.

Curiosamente, essa realidade sempre esteve presente na vida do homem: ele sofre antes do sofrimento, antecipa a dor e, muitas vezes, a provoca sem necessidade alguma.

Conhecedor da alma humana em sua intimidade, Jesus fez preciso alerta, deixando ensinamento valioso.

No Sermão da Montanha, fala a todos sobre este tema, utilizando inclusive uma palavra bastante atual: preocupação.

Portanto eu digo: não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?

Observem as aves do céu: não semeiam nem colhem nem armazenam em celeiros; contudo, o Pai Celestial as alimenta. Não tem vocês muito mais valor do que elas?

Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem.

Contudo, eu digo que nem Salomão, em todo seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá mais a vocês, homens de pequena fé?

Portanto, não se preocupem, dizendo: que vamos comer? Ou que vamos beber? Ou que vamos vestir?

Busquem, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas a vocês.

Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações. Basta a cada dia o seu próprio mal.

* * *

Se a preocupação fosse apenas uma preparação para o dia de amanhã, um planejamento, ela certamente seria benéfica.

No entanto, sabemos que ela vai muito além disso. Sua tônica principal, aliás, está na antecipação do sofrimento, num terrorismo interno totalmente desnecessário.

Há uma incoerência: quanto mais preocupados, mais incapazes vamos ficando para resolver aquilo que nos atemoriza.

Sabemos que esse sentimento, por vezes, nos escapa à razão e é quase inevitável. No entanto, existem alguns auxílios com os quais podemos contar:

As conversações salutares: contar nossa preocupação para quem confiamos. Evitar guardá-la para nós. Depois, ouvir o bom conselho, sempre salutar, considerando que, quase sempre criamos um monstro inexistente, supervalorizando questões, enxergando as coisas apenas através de um ponto de vista.

A meditação: reservar alguns minutos diários para a prática da meditação, evitando que os pensamentos negativos se instalem. Além disso, boas leituras auxiliam a substituir ideias sufocantes por revigoradas.

A oração: manter contato com o Criador e a Espiritualidade Superior através da prece é sempre importante. Esse hábito fortalece o Espírito diante das dificuldades e nos relembra dos objetivos maiores da vida.

É imperioso lembrar da mensagem do Cristo, que não foi apenas para aqueles que O escutaram ao pé do monte, mas para todas as gerações: Não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações. Para cada dia basta o seu próprio mal.

Com base no Evangelho de Mateus, cap. 6, versículos 25 a 34.



quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Contemplando a Sabedoria Divina

Tudo na natureza nos oferece extraordinárias lições. E nos remete a pensarmos em quem a delineou de forma tão perfeita, tão harmônica.

Por exemplo, quando olhamos para o reino animal e observamos o amor materno presente.

Mesmo em se falando de animais ferozes, constatamos que todos têm por seus filhotes o mais terno afeto.

As mães animais são criaturas preocupadas com suas crias. Elas dedicam tempo para lhes ensinar as coisas da vida e fazem de tudo para protegê-los.

A fêmea do urso polar é um exemplo de mãe apegada aos filhotes. Antes deles nascerem, ela prepara uma espécie de berço, cavando na neve um local protegido.

Os bebês costumam ser gêmeos e nascem entre dezembro e janeiro, quando é inverno no hemisfério norte e ela os aquece com seu corpo e a amamentação.

Entre março e abril, eles deixam o abrigo na neve para se acostumarem com as temperaturas externas.

Depois de se aclimatarem, têm início os aprendizados da caça. Ela os prepara para o mundo que deverão enfrentar, embora eles fiquem com ela até por volta dos dois anos.

Na família dos elefantes africanos, por sua vez, encontramos a mãe do tipo exigente. Como ela, toda a manada deve dar atenção aos filhotes.

Por outro lado, os elefantes mais velhos diminuem o passo, estabelecendo o ritmo da manada, nas suas andanças, a fim de que os pequenos os possam acompanhar.

Quanto cuidado. Quanta atenção.

Em se falando da mãe guepardo, descobrimos nela a marca da independência. Ela cria seus bebês sozinha, isolada de outros animais de sua espécie.

Ela costuma mover a ninhada, que varia entre dois a cinco filhotes, a cada quatro dias, para evitar que o odor dos animais deixe rastros e atraia predadores.

Depois de dezoito meses treinando técnicas como as de caça, os filhotes de guepardo finalmente deixam suas mães. Então, eles formam um grupo de irmãos que permanece unido por cerca de mais uns seis meses.

De todas as espécies animais, no entanto, é a mãe orangotango que demonstra manter um vínculo com seus filhos, por mais largo tempo.

Algo que se assemelha ao ser humano. O bebê orangotango depende da mãe para tudo nos dois primeiros anos de vida.

É ela que o transporta e que o alimenta. Ele fica com a mãe até os seis ou sete anos de vida. Nesse período, ela o ensina onde encontrar comida, como comer e até mesmo como fazer um abrigo para dormir.

As fêmeas de orangotango continuam visitando suas mães até por volta dos quinze anos.

Não há como não contemplar toda essa maravilha do amor materno, entre os animais, e não encontrar a Presença Divina.

Presença que significa a conservação da espécie. Mas com algo muito forte, que se traduz por cuidados, carinho, atenção.

Quem de nós já não observou uma cachorra com seus filhotes a lhe puxarem as orelhas, a saltarem sobre ela, mordendo-a levemente, em brincadeira.

E ela se mantém, ali, calma, como se estivesse a pensar: São apenas crianças. Gostam de brincar. Logo crescerão.

Quanta paciência.

Com certeza, em tudo isso, além da grande lição da Sabedoria Divina que tudo dispôs de forma magistral, a lição maior do amor, que devemos desenvolver em nós.

Pense nisso.



terça-feira, 20 de novembro de 2018

A outra janela

A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte do seu cão de estimação.

Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.

O avô, que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade: Triste a cena, não é verdade?

A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.

No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.

Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente:

Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente?

Lembra-se de que me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje, que nós dois o plantamos.

Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje... Veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas!

A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso.

Mostrou as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra, e as tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto:

Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas.

Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente nos depararemos com uma paisagem diferente.

Tantos são os momentos felizes que se desenrolam em nossa existência. Tantas oportunidades de aprendizado nos visitam no dia a dia, que não vale a pena chorar e sofrer diante de quadros que não podemos alterar.

São experiências valiosas das quais devemos tirar as lições oportunas, sem nos deixar tragar pelo desespero e pela revolta, que só infelicitam e denotam falta de confiança em Deus.

A nossa visão do mundo ainda é muito limitada, não temos a capacidade de perceber os objetivos da Divindade, permitindo-nos os momentos de dor e sofrimento.

Mas Deus tem sempre objetivos nobres e uma proposta de felicidade a nos aguardar, após cada dificuldade superada.

* * *

Se hoje você está a observar um quadro desolador, lembre-se de que existem outras tantas janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias.

Não se permita contemplar a janela da dor. Aproveite a lição e siga em frente com ânimo e disposição.

O sofrimento que hoje nos parece eterno, não resiste à força das horas que a tudo modifica.

A luz sempre vence as trevas, basta que tenhamos disposição íntima e coragem de voltar-nos para ela.

Agindo assim, o gosto amargo do sofrimento logo cede lugar ao sabor agradável de viver, e saber que Deus nos ampara em todos os momentos da nossa vida.




segunda-feira, 19 de novembro de 2018

A beleza do lado avesso












Esse jeito esquisito que Jesus tinha de preferir os piores, me faz pensar na beleza dos avessos… Às vezes, na pressa de encontrar, a gente não vê. Quantas vezes na minha vida eu desprezei as pessoas porque eu considerei o agora? É tão doído a gente ser visto somente a partir do presente, quando as pessoas olham pra gente e só enxergam aquilo que a gente tem no momento.

Isso é fascinante em Jesus! Por isso ele era capaz de preferir quem ele preferia. Porque Jesus não era um homem que se prendia no presente.

Eu acredito e acho interessante isso: “que os amantes nunca esgotam as criaturas amadas, porque o amor sobrevive de futuro, ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu. A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é, é o avesso, é o contrário da situação. É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento, uma trama que está por trás de tudo isso. Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso, quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer, mas também tudo aquilo que ainda está oculto.” Deus nos ama assim, porque consegue enxergar o que a gente ainda não é, mas que a gente ainda pode ser!



Padre Fábio de Melo


domingo, 18 de novembro de 2018

O Ciclo da Vida



Há vários ciclos em nossa existência e eles nada mais são do que as várias transformações de nós mesmos durante a caminhada.
São muitas as oportunidades de aprendizado e conhecimento, e devemos fazer desse pacote de bem feitorias que a caminhada nos oferece, para aplicar em favor do nosso amadurecimento, criando em nós uma sinergia com boas ações e intenções. Toda experiência adquirida seja ela boa ou ruim nos favorece quanto ao nosso desenvolvimento moral e espiritual separando o que não nos acrescenta do que nos favorece positivamente.


Os ciclos da vida são dádivas do Alto para nos tornarmos melhores, por isso devemos aproveitar todas as oportunidades que nos forem dada de transformação para o bem.


sábado, 17 de novembro de 2018

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Valorizar o que tem importância

Muitos se preocupam em ter uma boa posição social, poder e riqueza material. Fazem qualquer coisa para atingirem seus objetivos. Esquecem-se das coisas simples da vida, afastam-se dos amigos. A preocupação em TER é tanta que se esquecem do SER. A busca incessante por tudo o que lhes satisfaz o ego se torna um vício e não enxergam nada além dos ganhos materiais, do poder e da posição social de que não abrem mão sequer para visitar um parente, um amigo. Mas como não estamos aqui, neste Planeta Terra, apenas para vivenciarmos os prazeres da riqueza e do poder, chega o momento em que a consciência lhes aponta tudo o que deixaram de importante para segundo plano, iludidos pelos prazeres e facilidades que lhes trouxeram a riqueza e o poder. Nesse momento um grande vazio invade lhes a alma e percebem que tudo aquilo por que lutaram não lhes trouxe a tão sonhada felicidade tampouco a paz e a alegria. Veem se sozinhos, sem o amor e carinho verdadeiros daqueles que os cercam, pois que aqueles que o amavam ficaram distantes. Descobrem que o prazer, o bem estar e a alegria estão nas pequenas coisas, como num bate papo com um amigo, uma reunião familiar, o carinho de um filho, o auxilio a um irmão necessitado. Por isso, valorizemos aquilo que realmente vale a pena e que seguirá conosco pela eternidade, ou seja, sejamos pacientes, tolerantes, amorosos, caridosos com todos, fazendo o que Deus espera de nós.
Busquemos dentro de nós as riquezas do SER, do amor incondicional. 
Isso é o que realmente importa. 
Pense nisso.


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Onde encontrar a Paz?

O maior sonho de qualquer ser humano é encontrar a paz, a tranquilidade. Alguns pensam que ter paz é ter muito dinheiro nos Bancos. Outros pensam que é parar de trabalhar e viver só de renda, sem compromisso algum. Outros pensam que paz é ter ao lado alguém que as ame. Mas será que a paz que tanto se busca está mesmo em pessoas ou situações, ou mesmo condição financeira? Sabemos que há pessoas que têm tudo isso e dizem não ter paz. 
A verdade é que essa tranquilidade que tanto se busca está mais perto de nós do que podemos imaginar. 
Ela não está la fora. A paz está dentro de nós. 
Basta nos concentrarmos em nós mesmos, sentindo a respiração, relaxando o corpo e limpando a mente de todo e qualquer pensamento negativo. 
Pensemos ainda que Deus está presente em cada um de nós, pois somos criação Dele. E mais: busquemos praticar o bem sempre, auxiliando, fazendo o que pudermos por nós mesmos e pelos outros, respeitando e amando a Deus, nosso Pai, a nós mesmos e ao próximo. 
Com certeza uma onda de paz tomará conta de nós.


quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Semeadura

Sua generosidade chamará a bondade alheia em seu socorro.

Sua simplicidade solucionará problemas para muita gente.

Sua complexidade provocará muita dissimulação no próximo.

Sua indiferença fará manifesta frieza nos outros.

Seu desejo sincero de paz garantirá tranquilidade no caminho.

Seu propósito de guerrear dará frutos de inquietação.

Sua distinção edificará maneiras corretas naqueles que o seguem.

Sua espiritualidade superior incentivará sublimes construções espirituais.

Diariamente, semeamos e colhemos. A vida é também um solo que recebe e produz eternamente.

Chico Xavier - André Luiz


terça-feira, 13 de novembro de 2018

O Lavrador e a Enxada

Certa manhã, quando ainda trabalhava na Fazenda de Criação do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo, Chico caminhava para o trabalho, atravessando largo trecho do campo no rumo do escritório, meditando sobre os trabalhos mediúnicos a que se confiava.
As exigências eram sempre muitas.
Como agir para equilibrar-se na tarefa?
Surgiam doentes, pedindo socorro...
Aflitos rogavam consolação...
Curiosos reclamavam esclarecimentos...
Ateus insistiam pela obtenção de fé...
Os problemas eram tantos!
Quando curvava a cabeça, desanimado, aparece-lhe Emmanuel e aponta-lhe um quadro a pequena distância.
Era um lavrador ativo, manejando uma enxada ao sol nascente.
— Reparou? – disse ele ao Médium – guiada pelo cultivador, a enxada apenas procura servir.
Não pergunta se o terreno é seco ou pantanoso, se vai tocar o lodo ou ferir-se entre pedras...
Não indaga se vai cooperar em sementeira de flores, batatas, milho ou feijão... Obedece ao lavrador e ajuda sempre...
Logo após, fez uma pausa e considerou:
— Nós somos a enxada nas mãos de Jesus, o Divino Semeador.
Aprendamos a servir sem indagar.
Chico, tocado pelo ensinamento, experimentou iluminada renovação interior, e disse:
— É verdade! O desânimo é um veneno...
— Sim, – concluiu o orientador – a enxada que foge à glória do trabalho, cai na tragédia da ferrugem. Essa é a Lei.
O benfeitor despediu-se e o Médium abraçou o trabalho, naquele dia, de coração feliz e a alma nova.

Do livro Lindos Casos de Chico Xavier – Ramiro Gama




segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Pernicioso Sentimento

Conta-se que um monge eremita viajava através das aldeias, ensinando o bem.
Chegando a noite e estando nas montanhas, sentiu muito frio. Buscou um lugar para se abrigar. Um discípulo jovem ofereceu-lhe a própria caverna. Cedeu-lhe a cama pobre, onde uma pele de animal estava estendida.
O monge aceitou e repousou. No dia seguinte, quando o sol estava radiante e ele deveria prosseguir a sua peregrinação, desejou agradecer ao jovem pela hospitalidade.
Então, apontou o seu indicador para uma pequena pedra que estava próxima e ela se transformou em uma pepita de ouro.
Sem palavras, o velho procurou fazer que o rapaz entendesse que aquela era a sua doação, um agradecimento a ele. Contudo, o rapaz se manteve triste.
Então, o religioso pensou um pouco. Depois, num gesto inesperado, apontou uma enorme montanha e ela se transformou inteiramente em ouro.
O mensageiro, num gesto significativo, fez o rapaz entender que ele estava lhe dando aquela montanha de ouro em gratidão.
Porém, o jovem continuava triste. O velho não pôde se conter e perguntou:
Meu filho, afinal, o que você quer de mim? Estou lhe dando uma montanha inteira de ouro.
O rapaz apressado respondeu: Eu quero o vosso dedo.
* * *
A inveja é um sentimento destruidor e que nos impede de crescer.
Invejamos a cultura de alguém, mas não nos dispomos a permanecer horas e horas estudando, pesquisando. Simplesmente invejamos.
Invejamos a capacidade que alguns têm de falar em público com desenvoltura e graça. Contudo, não nos dispomos a exercitar a voz e a postura, na tentativa de sermos semelhantes a eles.
Invejamos aqueles que produzem textos bem elaborados, que merecem destaque em publicações especializadas. No entanto, não nos dispomos ao estudo da gramática, muito menos a longas leituras que melhoram o vocabulário e ensinam construção de frases e imagens poéticas.
Enfim, somos tão afoitos quanto o jovem da história que desejava o dedo do monge para dispor de todo o ouro do mundo, sem se dar conta de que era a mente que fazia as transformações.
* * *
Pensar é construir. Pensar é semear. Pensar é produzir.
Vejamos bem o que semeamos, o que produzimos, nas construções de nossas vidas, com as nossas ondas mentais.
No lugar da inveja, manifestemos a nossa vontade de lutar para crescer, com a certeza de que cada um de nós é inigualável. O que equivale a dizer que somos únicos e que ninguém poderá ser igual ao outro.
Cada um tem seus tesouros íntimos a explorar, descobrir e mostrar ao mundo.
Quando pensamos, projetamos o que somos. 
Pensemos melhor. 
Pensamento é vida.


domingo, 11 de novembro de 2018

O Abraço

Quando temos corações limpos e mentes limpas, e lideramos pelo exemplo, isto se manifestará através das vibrações que emanamos.

As pessoas em contato se sentirão inspiradas em seguir a direção positiva que escolhemos.

Como resultado, cresce a rede daqueles que estão olhando para dentro a fim de mudar.

Se eu tenho amor por honestidade será esta qualidade que as pessoas ao meu redor apreciarão.

Eles virão até mim por causa dessa qualidade.

Se no mundo físico os opostos se atraem, na dimensão espiritual os semelhantes é que se atraem.

Mais do que nunca um dos grandes momentos inesqueciveis, é o abraço..

Voce já abraçou alguém hoje??

Faça isso e você se sentirá muito melhor…


sábado, 10 de novembro de 2018

A nossa vida em sociedade



Estamos todos invariavelmente caminhando para a mesma direção, em direção ao Pai. Não importa o tempo que cada um levará nessa caminhada, mas importa muitas vezes o que fazemos durante o percurso.

Muito se fala em felicidade e a maioria de nós coloca este termo em um futuro muito distante, porém nem sabemos ao certo o que significa.

O que é a Felicidade para você? Pense um pouco, reflita sobre o quanto feliz você pode ser hoje, ou já foi ontem, ou pretende ser amanhã. No final, a decisão de ser, de sentir-se feliz é totalmente sua. Ela independe dos acontecimentos externos, mas está intimamente ligada a como você reage a estes acontecimentos, dia a dia, minuto a minuto. As nossas escolhas nos influenciam o tempo todo. Podemos, por exemplo, olhar um dia chuvoso e nos sentirmos tristes e desencorajados a enfrentar o trânsito, mas podemos escolher olhar com outros olhos, ver que a chuva também é necessária, que limpa a nossa atmosfera e nos proporciona um planeta melhor para vivermos.

Tudo depende do nosso estado íntimo.

Ser feliz também não significa não ter dificuldades ou problemas, isto sim seria ilusório e até infantil. Os problemas e dificuldades também nos fortalecem e nos fazem crescer, sendo este o objetivo de estarmos aqui. Mais uma vez a diferença está na forma como enfrentamos esses desafios. Podemos aproveitar a lição ou não e, neste caso, ela será repetida quantas vezes forem necessárias ao nosso crescimento, não por castigo, mas por amor.

Vamos ficar atentos ao que ocorre ao nosso redor para valorizar e aproveitar as oportunidades de aprender, crescer, servir e amar, sempre no espelho do Mestre Jesus.




sexta-feira, 9 de novembro de 2018

# Dickadodia




O Velho Carpinteiro

Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Ele contou a seu chefe os seus planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma vida mais calma com sua família.

Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria. O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma ultima casa como um favor especial.

O carpinteiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não se empenhou no serviço e se utilizou de mão de obra e matérias primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira.

Quando o carpinteiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e
entregou a chave da porta ao carpinteiro. "Esta é a sua casa", ele disse, "meu presente a você."

Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente, não teria sido tão relaxado. Agora ele teria de morar numa casa feita de qualquer maneira.

Assim acontece conosco.

Nós construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, nós olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que construímos.

Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente. Pense em você como o carpinteiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente. É a única vida que você construirá.

Mesmo que você tenha somente mais um dia de vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade. A placa na parede está escrito:

"A vida é um projeto de faça você mesmo."

Quem poderia dizer isso mais claramente? Sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o resultado de suas atitudes e escolhas que fizer hoje.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A bênção do perdão

Uma nuvem espessa pairava sobre a alma daquela mãe sofrida...

O seu jovem filho, criado com amor e desvelo, fora assassinado por um amigo dominado pelas drogas.

O desespero e a amargura eram suas companhias permanentes.

Os olhos fundos e a palidez denunciavam as noites de insônia e a falta de alimentação.

Uma amiga a convidou, talvez inspirada pela Providência Divina, a buscar ajuda do orador e médium espírita de extrema seriedade e profunda dedicação ao bem, Divaldo Pereira Franco.

Era início da noite na cidade de Salvador, no Estado da Bahia, quando as duas senhoras adentraram a casa espírita singela, onde o médium atende aqueles que o procuram em busca de consolo e esperança.

Divaldo percebeu que se tratava de um caso grave e atendeu aquela mãe prontamente, com grande ternura.

Aos poucos, a senhora ia contando o drama ocorrido, falando que um amigo do filho o havia alvejado por motivos banais, de ligeiro desentendimento entre ambos.

Enquanto a genitora narrava o seu drama, aproxima-se do médium a benfeitora espiritual Joanna de Ângelis, trazendo o jovem assassinado, ainda convalescente, e diz a Divaldo para transmitir à mãe sofrida, algumas palavras do filho.

Naquele momento o filho, tomando emprestada a aparelhagem fonadora do médium, fala à mãezinha palavras de conforto.

Disse para que não cometesse o suicídio, como estava pretendendo, pois esse crime a afastaria ainda mais dele, e por mais tempo.

Pediu à mãe que se lembrasse da mãe do amigo que cometera o crime e agora estava detido pelas grades da justiça humana, numa cadeia, entre criminosos comuns.

Aquela mãe, sim, era muito infeliz, pois seu filho era o verdadeiro desgraçado e não ele, que agora estava sob o amparo de amigos espirituais atenciosos e fraternos.

Ao ouvir a voz inconfundível do filho querido, que julgava ter desaparecido para sempre, a mulher abraça com ternura o médium, por cuja boca se podiam ouvir as palavras amáveis e lúcidas do jovem assassinado.

Sob a inspiração da benfeitora do Além, Divaldo aconselha a mulher a considerar o estado de alma da outra mãe, da mãe do assassino, e pensar na possibilidade do perdão.

Na semana seguinte, quando o médium baiano se preparava para atender aqueles que o buscavam na singeleza da casa espírita, vê adentrarem a sala duas senhoras, pálidas e de aspecto sofrido.

Uma ele já conhecia, a outra lhe era estranha.

Quando chegou a vez de atendê-las, a mulher, que estivera ali na semana anterior, lhe apresentou a companheira, dizendo ser a mãe do amigo do seu filho.

O médium entendeu que ela havia seguido os conselhos ali recebidos e buscava ajudar aquela mãe mais infeliz que ela própria.

Conversaram por longo tempo.

Ao se despedir das duas senhoras, Divaldo percebeu que um raio de luz penetrava suavemente aquelas almas doloridas.

A luz do perdão se fazia bênção de paz e gerava serena harmonia naqueles corações dilacerados pela dor da separação dos filhos bem-amados, embora por motivos diversos.

Na medida em que o tempo foi passando, as duas mães encontraram motivos para voltar a sorrir, e juntas visitavam o jovem no cárcere.

Fundaram uma casa de recuperação de toxicômanos para ajudar outros tantos jovens a se libertar das cadeias infelizes das drogas.

* * *

O perdão é uma das mais belas provas de confiança nas soberanas Leis de Deus.

Quem perdoa, sabe que Deus é justiça e, por isso mesmo, Suas leis jamais se enganam.

Perdoar é receber com resignação os fatos que não se pode evitar ou mudar, com a certeza de que a Justiça Divina não se equivoca e nada acontece conosco se o Criador não permitir.



sábado, 3 de novembro de 2018

Nosso Lar Filme Completo



Ao despertar no Mundo Espiritual, André Luiz se depara com criaturas assustadoras e sombrias vivendo, juntamente com ele, neste lugar escuro e sombrio. Além disso, ele também se assusta por perceber que apesar de ter "morrido" ele ainda continua vivo e ainda sente fome, sede, frio e outras sensações materiais. Após um longo período de sofrimento ele é recolhido dessa zona de sofrimento e purgação de falhas do passado por espíritos do bem e é levado para a Colônia Espiritual Nosso Lar, de onde surge o nome do filme. A partir desse momento ele começa a conhecer melhor a vida no além-túmulo e a aprender lições e adquirir conhecimentos que mudarão completamente o seu modo de enxergar a vida.

Tendo então tomado consciência de que está desencarnado (morto), sente imensa vontade de voltar à Terra para visitar e rever parentes próximos de quem guarda imensa saudade. Entretanto, como narra a sinopse do site oficial do filme, isso acontece só para que ele perceba "a grande verdade - a vida continua para todos".



Nosso Lar é um filme de longa metragem brasileiro, dirigido e roteirizado por Wagner de Assis,baseado na obra homônima escrita através de psicografia pelo médium Chico Xavier, sob a influência do espírito André Luiz.
O ator que representa André Luiz, o personagem principal da história, é Renato Prieto. O filme conta com alguns atores e atrizes bastante conhecidos da teledramaturgia brasileira como Othon Bastos, Ana Rosa e Paulo Goulart, dentre outros. Tendo sido gravado durante os meses de julho, agosto e setembro de 2009 em locações no Rio de Janeiro e Brasília, foi lançado em 3 de setembro de 2010, tendo alcançado um público de 1,6 milhão de espectadores nos cinemas em 10 dias de exibição. E ao todo, foi visto por mais de 4 milhões de espectadores nos cinemas.

Desenhos minuciosos do mapa da cidade "Nosso Lar" assim como a arquitetura das edificações, ministérios e casas, foram criados pela médium Heigorina Cunha através de suas observações realizadas durante suas saídas do corpo (desdobramento) em março de 1979, conduzidas e orientadas pelo espírito Lucius. Seus desenhos foram esclarecidos e confirmados por Chico Xavier de que se tratava realmente da cidade “Nosso Lar” e mais tarde serviram de inspiração para criar o visual arquitetônico da cidade que se vê no filme.








sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Partidas e Chegadas (A Dor da Saudade e a Certeza do Reencontro)

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi". Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi", haverá outras vozes, mais além,a afirmar: "lá vem o veleiro".

Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi". Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi", no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos. Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.

Victor Marie Hugo, do livro A reencarnação através dos séculos
Autor: Victor Hugo




quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Sinais de que o espírito de alguém querido está por perto




É difícil perder alguém a quem nos sentíamos bastante chegados. Todos perdemos alguém em algum ponto de nossas vidas, é uma realidade da natureza e, infelizmente temos que encarar isso da melhor maneira possível.

No entanto, apesar de o corpo de alguma pessoa não estar mais entre nós, não significa que a pessoa tenha desaparecido para sempre de nossas vidas! Aqui estão alguns sinais que podem significar que os seus entes queridos que se foram não deixaram o seu lado definitivamente!

1. Você sente o seu cheiro

Quando o espírito de alguém querido está por perto, ele pode se manifestar de diversas maneiras. Uma das mais comuns é o olfato. O cheiro de uma pessoa é, frequentemente, uma das conexões mais fortes com ela. Pode ser o cheiro de tabaco do cigarro ou um perfume, ou até mesmo o aroma de sua comida preferida sendo preparada. Aprecie isso, é uma mensagem sendo enviada diretamente de seu amado falecido.

2. Eles aparecem nos seus sonhos

Essa é uma das maneiras mais comuns que os espíritos usam para interagir conosco. Nossas mentes subconscientes sempre são mais abertas ao mundo espiritual, frequentemente deixando ele entrar. Sonhos envolvendo espíritos são incrivelmente realísticos e nem um pouco como sonhos normais. Preste atenção ao que eles podem significar, pode ser uma mensagem.

3. Suas coisas somem

Você pode sentir como se tivesse se perdido quando percebe que itens do dia a dia somem dos locais usuais. Pode ser um parente ou amigo falecido brincando com você. Pode parecer bobo, mas não significa que eles perderam o desejo de brincar com você. Ria com eles!

4. Pensamentos incomuns

Você pode experienciar pensamentos que sente não serem seus, quase como se seu monólogo interno seja ocupado por outra pessoa. Pode ser um sinal de que as pessoas falecidas ainda estão com você. Se você se sente com pensamentos externos, preste atenção a eles, especialmente quando eles começarem a conversar com você.

5. Sinais no funeral

Segundo James Van Praagh, um renomado psíquico, os espíritos vão aos seus próprios funerais. Eles andam pela sala tentando confortar os seus amigos mais queridos e dar sinais de que está tudo bem. Frequentemente, por que as pessoas estão tão desconcertadas no luto, esses sinais passam desapercebidos. Quando for a um funeral fique aberto aos sinais que eles oferecem.

Autor: James Van Praagh
James Van Praagh é um medium, escritor e produtor de televisão. 
Ele já escreveu vários best-sellers e livros que tratam de espiritualidade, 
por intermédio da comunicação com espíritos, 
que foram traduzidos em mais de 50 línguas no mundo inteiro.