sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Trazer para si os sintomas de outra pessoa - Explicação Expiritual

Esse é um fenômeno não muito frequente, mas que acomete um número considerável de pessoas.

Trazer para si os sintomas de outras pessoas é algo que gera muito sofrimento para aqueles que sofrem esse problema. As pessoas costumam fazer o seguinte relato:

"Quando algum parente ou amigo tem, por exemplo, uma dor de cabeça, eu também passo a sentir essa dor de cabeça; quando a pessoa tem dor de barriga, eu começo a ter a mesma dor de barriga; quando tem uma doença, eu passo a apresentar os mesmos sintomas dessa doença", e assim por diante.

Esse tipo de fenômeno ocorre com frequência em pessoas muito sensíveis, que sentem mais intensamente a energia de pessoas e lugares, como as chamadas “pessoas esponja”.

Céticos podem alegar que esse fenômeno nada mais é do que um processo puramente psicológico, onde a pessoa se impressiona com o sintoma alheio e se sente sugestionada a também apresentar a mesma dor, ou a mesma doença. No entanto, alguns casos que já tive a oportunidade de avaliar me mostram que apenas a sugestão mental não dá conta de explicar todas as variáveis envolvidas.

Há casos de pessoas que começar a apresentar uma dor de cabeça, por exemplo, sem saber que a outra pessoa também está com dor na mesma região. Isso demonstra que não se trata de um fenômeno psicológico ou sugestivo, mas de um fenômeno energético, onde a pessoa capta as vibrações de outrem e de alguma forma assimila seus sintomas.
É muito comum de ocorrer que a pessoa sugue o sintoma para si mesma enquanto a outra pessoa apresenta uma melhora no mesmo sintoma, ou seja, enquanto uma fica com a dor da cabeça, a outra sente a dor ser amenizada ou mesmo sumir completamente. Isso reforça a tese de que a pessoa trouxe para si, ou sugou as energias que estavam gerando o sintoma no outro.Mas qual seria a causa desse fenômeno? Em primeiro lugar, observamos nesse tipo de pessoa vidas passadas de práticas mágicas ou energéticas muito intensas e muitas vezes utilizadas para prejudicar outros. Isso gera um desequilibro vibratório que passa de uma vida para outra, tornando a pessoa muito vulnerável às energias.

Por outro lado, pessoas que extraem sintomas alheios geralmente querem ajudar o outro de todas as formas, querem “salvar” o outro de seus problemas e doenças, como por exemplo, uma mãe que quer preservar o filho de uma situação que poderia prejudica-lo. Esse instinto de “salvador” pode fazer com que a pessoa absorva a energia negativa do outro trazendo junto seus sintomas.

A melhor forma de evitar essa extração dos sintomas de outros é justamente trabalhar dentro de si essa ideia de que precisamos ajudar o outro a todo custo, tomando a sua cruz e evitando que ele sofra.

Não podemos sofrer no lugar do outro, pois em algum momento a outra pessoa terá que arcar com os efeitos de suas próprias ações que geram o sofrimento e os sintomas que ela experimenta.


Autor desconhecido



quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Il Divo - Hallelujah (Alelujah)


Assista o vídeo





quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Parábola da Rosa

Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente.
Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou,
“Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?”
Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.
Dentro de cada alma há uma rosa: são as qualidades dadas por Deus.
Dentro de cada alma temos também os espinhos: são as nossas falhas.
Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.
Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.
Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós e, consequentemente, ele morre.
Nunca percebemos o nosso potencial.
Algumas pessoas não veem a rosa dentro delas mesmas.
Portanto alguém mais deve mostrar a elas.
Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.
Esta é a característica do amor.
Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras falhas.
Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.
Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.
Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.
Portanto sorriam e descubram as rosas que existe dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam…

Pense nisso!!!


terça-feira, 28 de agosto de 2018

Diálogo no Lar


Construir um bom relacionamento em

casa é como construir uma parede:

É necessário colocar tijolo por tijolo.

E o cimento que une esses mesmos tijolos é o amor incondicional,

sem condenação e sem egoísmo.

A única maneira de você saber se o trabalho que fez foi

bom é quando ele é testado pelas tempestades da vida.

Uma das chaves mais importantes para se ter

vitória no lar é – comunicação.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

A luz da Vida

Ilumina os caminhos para o percurso seguro;

Alimenta a alma ;
Impulsiona para os objetivos;
Consola nos momentos difíceis;
Dá ânimo ao coração que muitas vezes pode estar desanimando;
Ajuda a ascender em nós a força e a coragem para superação;
Muitas serão às vezes que seremos obrigados a nos esforçar para não deixar que essa luz se apague, pois todo esforço e toda batalha que travamos diariamente é combustível para que a luz da vida permaneça sempre em cada um de nós .


domingo, 26 de agosto de 2018

O rio e o oceano



Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo.

Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.
Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência.
Você pode apenas ir em frente.
O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.
Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.
Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.
Assim somos nós.
Só podemos ir em frente e arriscar.
Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!



sábado, 25 de agosto de 2018

Causas Espirituais da Insônia


A insônia se caracteriza pela dificuldade de iniciar o sono, mantê-lo continuamente durante a noite ou o despertar antes do horário desejado, podendo se tornar crônica e debilitante para quem sofre do transtorno.

Ter um sono tranquilo depende de uma série de fatores. Os cuidados com o corpo, com a mente e com o espírito possibilitam uma boa noite de sono. Dicas como mudar hábitos alimentares e rotina diária, podem ajudar a regularizá-lo e são medidas essenciais que refletem na saúde como um todo.

Algumas causas conhecidas que provocam o desequilíbrio do sono são: apneia, depressão, ansiedade, estresse, ambiente com muito barulho, luz excessiva, cafeína, álcool e outras drogas. A insônia induz alterações do humor, de memória, dificulta o aprendizado, raciocínio e pensamento, prejudicando também a saúde física.

Porém, além das causas conhecidas, ainda há muito por descobrir sobre o sono.

No âmbito da dimensão física, buscar a alimentação saudável, as atividades físicas, o contato com a natureza e os momentos de lazer, são recomendações pertinentes.

No plano mental é preciso diminuir os níveis de estresse e o excesso de estímulos. A prática meditativa é um aliado eficaz contra a insônia causada por condicionamentos mentais. Reconhecer pensamentos e sentimentos que possam estar alterando o ritmo normal do sono, criando conflitos e distúrbios.

Mas, tem algo mais que a ciência não explorou.

As causas da insônia podem ser energéticas e espirituais.

Algumas pessoas se deitam e o sono não vem… Sem nenhuma explicação… Há uma interferência energética atuando no metabolismo, como um ruído em uma estação de rádio, quando não conseguimos sintonizá-la.

Você já sentiu alguma vez, um medo terrível ao se deitar para dormir? Angústia sem explicação, tremores, calafrio… Uma sensação de estar quase dormindo e de repente, um movimento brusco e involuntário do corpo, rouba-lhe o sono e os olhos arregalam.

Barulhos estranhos, pesadelos que fazem acordar… E muitas vezes, quando consegue adormecer, acorda no outro dia com um extremo cansaço, sem energia…

Estes sintomas estão relacionados às interferências do plano astral; presenças espirituais, desequilíbrios mediúnicos e outros distúrbios psicobioenergéticos.

Quando nos deitamos para dormir, inicia-se o processo natural de afrouxamento das sensações físicas e uma ampliação dos sentidos sutis. Nosso espírito acorda e nosso corpo dorme.

No caso da insônia, entre o estado de vigília e de sono, há uma perturbação, que impede o fluxo natural desse processo. Apesar do cansaço físico, nota-se um alto grau de ansiedade, irritabilidade e sintomas físicos incômodos.

No âmbito do sexto sentido, pode-se sentir a aproximação de forças energéticas positivas ou não.

O campo áurico se sensibiliza com outras energias e consciências. Quando em desequilíbrio ele se torna mais suscetível as influencias sutis. Com isto, a pessoa começa a sofrer de problemas para desdobrar-se do corpo físico e manter sua regularidade do sono. Seu sistema endócrino é afetado pelas interferências que trazem sensações desagradáveis e insônia.

Além disto, atraímos as energias com as quais nos sintonizamos. Neste caso podemos sofrer de obsessões de espíritos que sintam afinidade com nossa frequência vibracional, ou que vampirizam nossas energias.

Podemos sofrer, também, as obsessões advindas de outras vidas, por vínculos de paixão ou vingança.

Como dormir com tantas sensações desagradáveis?

Sentir o mundo astral e não saber como lidar com o desconhecido, é como ter que caminhar com uma venda nos olhos. Ser prejudicado por influências negativas de espíritos sofredores, sem ter a chance de se defender, por não saber o que fazer.

O corpo energético está intimamente relacionado a todos os sintomas mencionados. Por meio de nossa aura, pelos chacras, recebemos as impressões do plano astral. Alguns distúrbios neste sistema psicobioenergético, acarretam a alteração metabólica que resulta na insônia.

A glândula pineal é responsável pela melatonina, hormônio regulador do sono. Sua produção ocorre e se acelera com a falta de luminosidade.No processo de influenciações espirituais e energéticas negativas, a glândula é afetada , porque é por ela que se recebe os estímulos astrais. A glândula funciona como uma antena que capta as sensações sutis.

Tratar o ser físico, energético, emocional, mental e espiritual, é o caminho da cura integral.

O ser multidimensional tem sua morada no corpo físico e se expande a partir dele. A vida é resultado de sua manifestação e a saúde é o reflexo de seu fluxo saudável entre as dimensões que interage.

causas-espirituais-da-insonia

Compreenda que você em um microcosmo sob seu comando. Ele age segundo sua forma de pensar, sentir e se comportar. Ele reflete sua condição emocional e seu padrão vibratório.

O sono tranquilo é resultado do espírito que se encontra em paz com a vida e consigo mesmo.

Namastê


Autora: NADYA RODRIGUES DA SILVA PRADO
http://www.psicologiaespiritualista.blogspot.com.br/



sexta-feira, 24 de agosto de 2018

#Dickadodia





Dever e o Altruísmo

Conta A. J. Cronin, em sua obra, Pelos caminhos da minha vida, o exemplo de Olwen Davies, uma enfermeira que, aos vinte e cinco anos, recém-saída do seu curso prático de hospital, foi nomeada para o cargo de enfermeira visitante.
Apesar da recepção gélida que teve no lugarejo para onde foi mandada, ela se entregou entusiasticamente ao trabalho. Com qualquer tempo, saía a pé, visitando os doentes, subindo montes, e andando por caminhos desertos.
O médico da localidade era um mau profissional e tantos foram os obstáculos, que Olwen teve que lutar para vencer a tentação de se demitir.
Quando uma violenta epidemia de febre tifoide atacou a pequena cidade, ela foi até o responsável pela Saúde Pública, a fim de receber instruções para combater a epidemia.
Irritado, ele a despachou, dizendo que o surto não era novidade. Os doentes seriam tratados - e pronto! Era o que bastava.
A enfermeira colheu amostras da água de diversos poços artesianos, onde a população se abastecia, e encaminhou para análise laboratorial.
Quarenta e oito horas depois, um telegrama oficial dava contas de que o tifo tinha origem num determinado poço que abastecia a parte baixa da cidade.
O Centro de Saúde interditou o poço e a enfermeira sofreu protestos de toda ordem, por ter exorbitado dos seus deveres, metendo-se onde não devia.
No entanto, não apareceram mais casos de tifo e a epidemia foi cortada em tempo recorde. A opinião pública mudou e o povo lhe abriu as portas.
Uma comissão de moradores, ao final do ano, a presenteou com uma bicicleta. Agora, ela chegava mais rápido aos doentes mais carentes.
Por iniciativa própria, inaugurou uma clínica para crianças e velhos, em um quarto alugado e pago com o seu dinheiro.
Quando lhe diziam que ela deveria estar ocupando cargos de diretoria em importantes hospitais, como algumas das moças que haviam se formado na mesma turma, ela respondia: O meu lugar é este, onde me encontro. Prefiro trabalhar no anonimato, tratando de crianças e velhos carentes.
Certo dia, ela saiu em sua bicicleta para atender a um chamado. Em um trecho da estrada, foi de encontro a uma pilastra que havia caído atravessada. Olwen Davies ficou ali, toda a noite, sob o vento e a chuva.
Encontrada pela manhã, foi levada para o hospital de uma cidade maior. Ela havia fraturado a coluna vertebral.
Uma série de cirurgias longas e complicadas, massagens e eletroterapia resultaram em nada. Nunca mais ela poderia andar.
A corajosa enfermeira não se abateu. Anos mais tarde, numa cadeira de rodas, com o cabelo embranquecido, mais magra e com as pernas cobertas por uma manta, mas ainda de uniforme, estava ela firme no trabalho a benefício do próximo.
Cercada pelos seus doentes, na maioria crianças, ela impelia com as mãos práticas as rodas da sua cadeira.
Quando as pessoas lhe perguntavam como se sentia, ela sorria, traduzindo alegria e bem-estar, e dizia: Não está vendo? Estou ótima! Voltei ao trabalho e ainda sobre um par de rodas.



Recordemos sempre da nobre aplicação dos valores de que dispomos: a visão, a palavra, a audição, movimento, lucidez e tantos outros, distribuindo bênçãos entre os que conduzem um fardo mais pesado que o nosso.
E lembremos que o homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. 



com base no artigo O dever e o altruísmo, de José Ferraz, da Revista Presença espírita, nº 229, e no item 7, do cap. XVII de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. FEB. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Momentos difíceis

Estamos vivendo momentos difíceis no planeta. É a fome e a miséria que rondam muitos lugares. Muitos com pouco. Poucos com muito. A ganância e o egoísmo andando a passos largos. Os mais fracos submetidos aos mais fortes, passando por todo tipo de humilhação, física e moral. Tantos séculos se passaram e os homens continuam com a mesma sede de poder e riqueza. Ainda não aprenderam quais são os verdadeiros valores a serem acumulados. Precisamos nos conscientizar de que os verdadeiros tesouros são aqueles que não podemos ver, mas sentimos. Tudo o que podemos possuir na Terra é mera ilusão, pois só nos serve enquanto estivermos aqui. Sabemos que assim como Deus concede a riqueza e o poder a alguns como prova, da mesma forma pode retirá-los e passá-los para outras pessoas. Então procuremos espalhar por onde passarmos as sementes da solidariedade, da fraternidade, do respeito e do amor ao próximo. Se cada um de nós fizer a sua parte, poderemos tornar a Terra um lugar melhor, mais justo e mais humano. Já é chegada a hora de iniciarmos a nossa participação nas mudanças que estão por vir no planeta, através dos bons exemplos. Com Jesus à nossa frente não temos o que temer. Comecemos as mudanças iniciando por melhorarmos a nós mesmo.


quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O Carvalho

Ele era um homem forte. Há três anos, principiara a notar um enfraquecimento de seus músculos.

Começara pelas mãos, depois, nas panturrilhas, seguido pelos braços.

Uma bateria de testes foi realizada: exames de sangue, neurológicos e musculares.

E veio o diagnóstico: doença de Lou Gehrig. Um enfraquecimento devastador.

Ninguém conhece a causa nem a cura dessa enfermidade. Somente que é cruel e precisa.

É possível que outro homem tivesse ficado desesperado. Não ele, que guardava a certeza da Imortalidade.

Seus dias estavam contados. Por isso, começou a colocar tudo em ordem.

Ajeitou a casa para a esposa, instalando um sistema de rega para o jardim. Substituiu a porta da garagem por uma automatizada, mais prática.

Pintou todo o madeiramento da casa. Atualizou seu testamento, verificou as políticas de seguro.

Planejou seu funeral, adquirindo dois lotes no cemitério: um para si, outro para a esposa.

Como desejava ser sepultado à sombra de um carvalho, uma árvore bem viva, conseguiu uma autorização junto ao conselho municipal da pequena cidade, para o plantar, num dos lotes.

Comprou a muda da árvore e a plantou.

Preparou seus filhos com palavras de estímulo e cartas de amor.

Atos finais. Horas finais. Palavras finais.

Tudo refletindo uma vida bem vivida.

As horas finais estão chegando. A chama de sua vela se enfraquece cada vez mais.

Ele está em paz. Seu corpo está morrendo, mas seu Espírito vive.

Ele não consegue mais sair da cama. Escolheu viver os últimos dias em casa.

Não será por muito tempo.

Dia desses, o filho foi visitar o pequeno carvalho. A mudinha começou a se desenvolver, dando mostras da grande árvore que se tornará.

Uma árvore especial, pensou o filho, com uma missão especial.

Tocou o pequeno carvalho, sussurrando-lhe como se ele o pudesse ouvir:

Cresça. Fique alto e forte. Você guardará um tesouro valioso.

No caminho para casa, continuou pensando sobre aquela árvore. As décadas a tornariam forte. Os anos lhe acrescentariam forças.

Quando chegou em casa, o pai ainda estava acordado. O filho se curvou sobre a cama e o beijou.

Fui ver a árvore, confidenciou. Ela está crescendo.

O velho pai apenas sorriu.

* * *

É mais fácil morrer com tranquilidade quando se vive em tranquilidade. Quando se guarda a certeza de que aqui se está de passagem.

E quando se ama de verdade, age-se assim. Coloca-se a casa em ordem.

Prepara-se os amores que ficarão. Tudo se providencia para não lhes causar maiores dores que a da própria separação, as despedidas do Até logo mais.

Palavras finais. Atos finais. Cada qual abre um tesouro de promessas.

O velho carvalho fará sombra à sepultura de um grande homem. Seu Espírito se alçará liberto, feliz por ter cumprido sua missão na Terra.

Momento Espírita, com base no cap.

O carvalho, de Max Lucado, do livro Histórias para
o coração do homem, de Alice Gray e Al Gray,
ed. United Press.





terça-feira, 14 de agosto de 2018

Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de ninguém sem nenhuma razão


Todos que estamos aqui hoje, no mesmo meio, nos encontramos em outras vidas; nossa relação de hoje, nosso encontro, é produto de outras existências. Como estamos novamente juntos, agora podemos acertar os erros do passado, para que na próxima vida que nos encontrarmos as coisas possam ser mais fáceis para todos, e os laços estarem mais fortalecidos.


As pessoas entram na nossa vida por uma “Razão”, ou por uma “Estação”, ou por uma “Vida Inteira”. Quando se percebe por qual motivo é, saberemos saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está na nossa vida por uma “Razão”é, geralmente, para suprir uma necessidade que demonstramos. Elas vem para auxiliar numa dificuldade, fornecer orientação e apoio, ajuda física, emocional ou espiritual. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que nós precisa que estejam. Então, sem nenhuma atitude errada da nossa parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação ao fim. Às vezes, eles simplesmente se vão, ou agem de uma forma para tomarmos uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando as pessoas entram em nossas vidas por uma “Estação”, é porque chegou nossa vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem a experiência da paz, nos fazem rir, nos fazem bem. Elas poderão ensinar algo que nunca tínhamos feito antes. Elas, geralmente, dão uma quantidade enorme de prazer. É tudo real. Mas apenas por uma “Estação”.

Relacionamentos de uma “Vida Inteira” ensinam lições para toda a vida: coisas que se deve construir para ter uma formação emocional sólida. A nossa tarefa é aceitar as lições, amar a pessoa, e colocar o que aprendemos em uso em todos os outros relacionamentos e áreas da nossa vida. 





segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Teoria das Almas Gêmeas

Será uma verdade a teoria das almas gêmeas?

No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.

Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.

A atração das almas gêmeas é traço característico de todos os planos de luta na Terra?

O Universo é o plano infinito que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas. Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo.

A ligação das almas gêmeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas para as edificações da vida. Separadas ou unidas nas experiências do mundo, as almas irmãs caminham, ansiosas, pela união e pela harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.

A união das almas gêmeas pode constituir restrição ao amor universal?

O amor das almas gêmeas não pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.

Perante a teoria das almas gêmeas, como esclarecer a situação dos viúvos que procuram, novas uniões matrimoniais, alegando a felicidade encontrada no lar primitivo?

Não devemos esquecer que a Terra ainda é uma escola de lutas regeneradoras ou expiatórias, onde o homem pode consorciar-se várias vezes, sem que a sua união matrimonial se efetue com a alma gêmea da sua, muitas vezes distante da esfera material.

A criatura transviada, até que se espiritualize para a compreensão desses laços sublimes, está submetida, no mapa de suas provações, a tais experiências, por vezes pesadas e dolorosas. A situação de inquietude e subversão de valores na alma humana justifica essa provação terrestre, caracterizada pela distância dos Espíritos amados, que se encontram num plano de compreensão superior, os quais, longe de desdenharem as boas experiências dos companheiros de seus afetos, buscam facultar-lhes com a máxima dedicação, de modo a facilitar o seu avanço direto às mais elevadas conquistas espirituais.

Os Espíritos evoluídos, pelo fato de deixarem algum amado na Terra, ficam ligados ao planeta pelos laços da saudade?

Os espíritos superiores não ficam propriamente ligados ao orbe terreno, mas não perdem o interesse afetivo pelos seres amados que deixaram no mundo, pelos quais trabalham com ardor, impulsionando-os na estrada das lutas redentoras, em busca das culminâncias da perfeição.

A saudade, nessas almas santificadas e puras, é muito mais sublime e mais forte, por nascer de uma sensibilidade superior, salientando-se que, convertida num interesse divino, opera as grandes abnegações do Céu, que seguem os passos vacilantes do Espírito encarnado, através de sua peregrinação expiatória ou redentora na face da Terra.

Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?

A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material. Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos da vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe à vontade no cumprimento do dever, bem como orienta-lo sobre a sua realidade nova, sem que a sua memória corporal registre o acontecimento na vigília comum. Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.

Emmanuel (“O Consolador” – 322 a 330 - Chico Xavier)


terça-feira, 7 de agosto de 2018

Verdadeiras Vítimas

Não há maior exercício de amor que aprender a silenciar diante da boca agressiva que se converteu em vulcão furioso, lançando larvas fumegantes para todos os lados!
Nesses momentos, o tufão devastador que irrompeu da mente desequilibrada é forte ameaça a quem estiver no seu caminho, como se fosse levar de roldão até mesmo as mais íntimas reservas de compreensão, tolerância e boa vontade dos corações agredidos.
Se as leis da prova reeducativa de tua alma devedora colocaram-te junto dessas crateras em ebulição, desses tornados de mentes transviadas, defende-te nas trincheiras do amor e da paciência. Aprende a aguardar em silêncio e oração a passagem barulhenta e tumultuada desses flagelos das almas em desequilíbrio, até que cessem as suas ameaças e não te alcancem os efeitos deletérios.
Já ouviste que tudo passa. Por isso, não te deixes contagiar pelos redemoinhos de ofensas e agressões que jazem como forças coaguladas nos porões das mentes entediadas e que explodem aos impulsos dos sentimentos em desordem, na forma de materiais contaminados que envenenam e matam! Lembra-te que estás diante de grandes enfermos que exteriorizam nas agressões o odor fétido de suas emoções infectadas de orgulho e cólera!
E se te proteges na oração silenciosa e confiante da tolerância, estarás operando sem perceberes por bombeiro da Providência, que sabe enfrentar as chamas com coragem e prudência, de forma a lutar contra o incêndio até a vitória, sem sair chamuscado.
Assim, por mais que te ameacem as línguas de fogo dos que te ofendem, escuda-te nas defesas do amor, nas estratégias da paciência, para não te deixares contaminar pelas emissões pestilentas da ira. Espera que logo mais só restarão poeira e fumaça de todo o fogaréu que te ameaçava.
E se não tiveres perdido a calma, não terás sofrido em vão. Apenas lamentarás os prejuízos contabilizados no mapa de débitos das almas atormentadas que costumam acumular em si os males que arremessam contra os outros. Estas sim é que são as grandes vítimas do pavio das ofensas que, incendiando para alcançar alguém, termina explodindo nas mãos do próprio incendiário!

Com as bênçãos do Senhor e Mestre Jesus.


domingo, 5 de agosto de 2018

O que é SER FELIZ?

Você pode ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo.
E você pode evitar que ela vá a falência.

Há muitas pessoas que
precisam, admiram e torcem por você.
Gostaria que você sempre se lembrasse
de que ser feliz não é ter um céu sem tempestade,
caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas,
relacionamentos sem desilusões.

Ser feliz é encontrar
força no perdão, esperança nas batalhas,
segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza.
Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender
lições nos fracassos.

Não é apenas ter júbilo nos aplausos,
mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena
viver, apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da
própria história.

É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manha pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples ,
que mora dentro de cada um de nós.

É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
É ter humildade da receptividade.

Desejo que a vida se torne um canteiro
de oportunidades para você ser feliz...
E, quando você errar o caminho, recomece,
pois assim você descobrirá que ser feliz
não é ter uma vida perfeita, mas usar
as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas
da inteligência.

Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz,
pois a vida é um obstáculo imperdível,
ainda que se apresentem dezenas de fatores
a demonstrarem o contrário.

Augusto Cury



sábado, 4 de agosto de 2018

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Perante os Fatos do Momento





"Vede que ninguém dê a outrem
mal por mal, segui sempre o
bem, tanto uns para com outros,
como para com todos".
Paulo (I Tessalonicenses, 5:15)




Em tempo algum empolgar-se por emoções desordenadas ante ocorrências que apaixonem a opinião pública, como, por exemplo, delitos, catástrofes, epidemias, fenômenos geológicos e outros quaisquer.

Acalmar-se é acalmar os outros.

*

Nas conversações e nos comentários acerca de notícias terrificantes, abster-se de sensacionalismo.

A caridade emudece o verbo em desvario.

*

Guardar atitude ponderada, à face de acontecimentos considerados escandalosos, justapondo a influência do bem ao assédio do mal.

A palavra cruel aumenta a força do crime.

*

Resguardar-se no abrigo da prece em todos os transes aflitivos da existência.

As provações gravitam na esfera da Justiça Divina.

*

Aceitar nas maiores como nas menores decepções da vida humana, por mais estranhas ou desconcertantes que sejam, a manifestação dos Desígnios Superiores atuando em favor do aprimoramento espiritual.

Deus não erra.

*

Ainda mesmo com sacrifício, entre acidentes inesperados que lhe firam as esperanças, jamais desistir na construção do bem que lhe cumpre realizar.

Cada Espírito possui conta própria na Justiça Perfeita.


* * *

Waldo Vieira, Da obra: Conduta Espírita.

Ditado pelo Espírito André Luiz.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Sobre os felizes

Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.

De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.

Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes.

O primeiro hábito que eles tem em comum é a generosidade. Mais que isso: eles tem prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca.

Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que tem, mesmo quando é muito pouco.

Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.

O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.

O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo você e todas as suas pequenas loucuras.

Escrevo essa crônica, grata e emocionada, relembrando o rosto dos homens e mulheres sublimes que passaram e que estão na minha vida, entoando seus nomes com a devoção de quem reza. Ainda não sou um dos felizes, mas sigo tentando. Sigo buscando aprender com eles a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o caminho.



quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Quanto Vale Um Milagre

Uma garotinha esperta, de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu irmãozinho mais novo.
Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e que estavam completamente sem dinheiro.
Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai não tinha recursos para pagar as contas do médico e o aluguel do apartamento.
Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguém que pudesse emprestar-lhes dinheiro.
A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, com um sussurro desesperado: Somente um milagre poderá salvá-lo.
Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário. Despejou todo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes.
O total tinha que estar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado e fechou a tampa. Saiu devagarzinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões até chegar à farmácia.
Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muito ocupado no momento.
Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o som mais alto que pôde, mas nem assim foi notada.
Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da porta. Finalmente foi atendida!
O que você quer? Perguntou o farmacêutico com voz aborrecida. Estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo há séculos, disse ele sem esperar resposta.
Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão. Respondeu a menina no mesmo tom aborrecido. Ele está realmente doente... E eu quero comprar um milagre.
Como? Balbuciou o farmacêutico admirado.
Ele se chama Andrew e está com alguma coisa muito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salvá-lo.
E é por isso que eu estou aqui. Então, quanto custa um milagre?
Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajudá-la. Respondeu o farmacêutico, com um tom mais suave.
Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se não for suficiente, conseguirei o resto. Por favor, diga-me quanto custa. Insistiu a pequena.
O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo à frente e perguntou à garota: Que tipo de milagre seu irmão precisa?
Não sei. Respondeu ela, levantando os olhos para ele. Só sei que ele está muito mal e mamãe diz que precisa ser operado. Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro.
Quanto você tem? Perguntou o homem de Chicago.
Um dólar e onze centavos. Respondeu a menina num sussurro. É tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso.
Puxa, que coincidência, sorriu o homem. Um dólar e onze centavos! Exatamente o preço de um milagre para irmãozinhos.
O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão à menina, disse: Leve-me até sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagre que você precisa.
Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em neurocirurgia.
A operação foi feita com sucesso e sem custo algum. Alguns meses depois, Andrew estava em casa novamente, recuperado.
A mãe e pai comentavam alegremente sobre a sequência de acontecimentos ocorridos. A cirurgia, murmurou a mãe, foi um milagre real. Gostaria de saber quanto deve ter custado.
A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre...
Um dólar e onze centavos... Mais a fé de uma garotinha...
* * *
Não há situação, por pior que seja, que resista ao milagre do amor.
Quando o amor entra em ação, tudo vence e tudo acalma.
Onde o amor se apresenta, foge a dor, se afasta o sofrimento e o egoísmo bate em retirada.