quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Hoje eu senti a sua falta










terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O tamanho do Amor

Num dia de muita reflexão, enquanto se preparava para o jantar no mosteiro, o monge Liu-Pei pergunta ao sábio Kwan-Kun:
– Qual o tamanho do Amor?
Ao que responde Kwan-Kun:
– O Amor não tem tamanho. Ele não é grande, nem pequeno, é apenas Amor.
– Nunca você medirá o Amor, comparando-o a uma estrada.
Os caminhos do Amor não têm distância, pois ele está na medida do seu sentimento e envolvimento.
– O Amor não pode ser medido, pois ele não é finito, mas infinito enquanto dura e zerado quando acaba.
– Se você adubar o Amor, percorrerá esta estrada infinitamente, passando por declives, curvas e buracos, mas estará sempre motivado. – O Amor é a grande esperança de todos nós.
– Percorrer os caminhos do Amor nos levará sempre a novos desafios, e conseqüentemente a novas vitórias.







segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

#dickadodia




Amizade verdadeira

É quando nunca estamos cansados para ouvir;
É quando existe um carinho todo especial;
É quando ficamos preocupados, com coisas que achamos que estão erradas;
É quando o amigo se faz presente, até nas horas que achamos que não são precisas;
É quando existe cumplicidade;
É quando temos plena confiança;
É quando tentamos abrir os olhos do amigo, quando julgamos que esteja fazendo coisa errada, e mesmo sabendo que está fazendo coisa errada não abandonamos.

Enfim,amizade é um bem muito preciso, que precisamos conservar sempre, mesmo com todas as dificuldades, que a amizade possa oferecer.

Amigos são pessoas muito importantes em nossas vidas, que temos que ter, e saber sempre. 



quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Um livro, um fósforo na escuridão


Enquanto durou o bloco trinta e um, no campo de extermínio de Auschwitz, abrigou quinhentas crianças.
Vários prisioneiros, conhecidos como conselheiros, apesar da estrita vigilância a que estavam submetidos, contrariando todos os prognósticos, contaram com uma biblioteca clandestina.
Era minúscula. Consistia em oito livros, entre eles, Uma breve história do mundo, de H.G. Wells, um livro didático russo e outro de geometria analítica.
Ao fim de cada dia, os livros, com outros tesouros, como remédios e alguns alimentos, eram confiados a uma das meninas.
Era Dita, de quatorze anos de idade.
Sua tarefa era protegê-los, escondê-los de tal forma que não pudessem ser descobertos, quando das inspeções dos prisioneiros pelos guardas nazistas.
À noite, os livros eram colocados sob uma tábua do piso, num canto. A terra fora escavada o suficiente para criar um espaço para depositar a pequena biblioteca.
Os livros cabiam com uma exatidão tão milimétrica, que, ainda que os guardas pisassem ou batessem nas tábuas, com as juntas dos dedos, não soariam ocas.
Nada levaria a suspeitar que debaixo havia um minúsculo esconderijo.
Aqueles oito livros eram preciosidades. A jovem bibliotecária os lia. Também os acariciava.
Muito usados, com as extremidades avermelhadas de umidade, alguns mutilados, eram um tesouro.
A fragilidade os tornava ainda mais valiosos.
Dita se deu conta de que deveria cuidar daqueles livros como idosos sobreviventes de uma catástrofe.
Eles tinham uma importância sem igual. Sem eles, a sabedoria de séculos de civilização poderia se perder.
Eles registravam a técnica geográfica, que permitia saber como era o mundo; a arte da literatura, que multiplica a vida de um leitor em dúzias; a gramática que permitia tecer os fios da comunicação entre as pessoas.
Que preciosidades! Mesmo que um fosse em francês e ninguém soubesse o idioma. Ninguém, a não ser a senhora Markéta.
E ela, como outros, se tornou um livro vivo. E contou, muitas e muitas vezes, a história do Conde de Monte Cristo.
Enquanto se absorviam na leitura e releitura daqueles livros, ou ouviam histórias, narradas pelos livros vivos, as crianças esqueciam que estavam em um barracão cheio de pulgas.
Deixavam de sentir o cheiro da carne queimada, vinda dos crematórios, deixavam de ter medo.
Durante esses minutos, aquelas crianças eram felizes.
A realidade era dura demais. Por isso, era preciso dar asas à imaginação. Viajar no tempo, com as aventuras desse ou daquele personagem. Imaginar que, um dia, voltariam a ser livres, se sentirem gente outra vez.
* * *
William Faulkner disse que o que a literatura faz é o mesmo que acender um fósforo no campo no meio da noite. Um fósforo não ilumina quase nada, mas nos permite ver quanta escuridão existe ao redor.
De fato, a cultura não é necessária para a sobrevivência do homem. Apenas o pão e a água.
Com pão para comer e água para beber, o homem sobrevive, mas só com isso a humanidade inteira morre.
Se o homem não se emociona com a beleza, se não fecha os olhos e põe em funcionamento os mecanismos da imaginação, se não é capaz de fazer perguntas e vislumbrar os limites de sua ignorância, não é uma pessoa.
Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base em dados do livro A bibliotecária de Auschwitz, de Antonio G. Iturbe, ed. AGIR.


quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Reforma Íntima

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.

Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onde crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.

Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.

Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.

Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.

Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.

Desestimulado no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.
*
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.

Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.

O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.

Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.

Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.

Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.

Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.
*
Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.

Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.

Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.
*
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.

Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.

Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.

A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

Divaldo Pereira Franco. Da obra: Vigilância.

Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

1a edição. Salvador, BA: LEAL, 1987.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Amor, essa palavra de luxo

Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão, ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado.”
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor, essa palavra de luxo.
* * *
Adélia Prado, poetisa mineira, apresenta uma visão muito comum: a de que o estudo é a coisa mais importante que há.
Ainda hoje, é preocupação primordial dos paisdar instrução aos filhos. A coisa mais fina do mundo.
Para os mais simples, apenas poder colocá-los em uma escola.
Para os que têm mais posses, matriculá-los nas melhores instituições de ensino e dar-lhes ainda cursos e mais cursos extras, para se aprimorarem ao máximo. Afinal, o mundo é competitivo.
A grande questão é que o termo educaçãocontinua muito ligado às capacidades intelectivas.
Educar, contudo, vai muito além das boas escolas.Educar é a arte de formar caracteres.
Assim, o que torna um filho vitorioso não é apenas o conhecimento adquirido mas, principalmente, sua vivência como homem de bem, de bons hábitos adquiridos.
De que adianta criarmos gênios, se serão usurpadores, desonestos, individualistas e egoístas ao extremo?
Esse outro tipo de educação não está nos livros, nem nos cursos, nem mesmo nas escolas. Está no lar, na relação intensa e profunda que os pais ou tutores conseguem manter com seus educandos.
Está nos exemplos, está no carinho que sobra ou que falta. Está na atenção que recebem ou da qual carecem. Está na disciplina, nos limites. Está no amor, sempre no amor.
Em muitos lares é uma palavra de luxo, pois todos estão preocupados com tantas outras coisas que o esquecem, deixam-no de lado.
Você tem que estudar, tem que ser alguém, tem que passar no vestibular, tem que se formar, tem que arranjar emprego, tem que ganhar bem.É de tirar o fôlego.
Mas será que alguém, nesse caminho todo lembra de perguntar se esse adolescente, esse jovem está feliz com isso? Está se realizando? Está construindo sua personalidade em bases seguras?
Será que ali foi construído um bom caráter, antes de um bom estudante ou de um bom profissional? Alguém que saberá se relacionar bem com as pessoas, que saberá ser agregador, acolherá bem seus irmãos de caminho?
Será que estamos moldando alguém para ser agente transformador do mundo?
Essa transformação só será completa se o conhecimento estiver aliado à moralidade. Não adianta desenvolver uma das asas apenas. A aeronave não alça voo.
Pensemos nisso. Repensemosnossos conceitos sobre educação. O mundo precisa de homens inteligentes.Mas muito mais de homens bons.
* * *
Não basta ensinar à criança os elementos da ciência. Aprender a governar-se, a conduzir-se como ser consciente e racional, é tão necessário como saber ler, escrever e contar: é entrar na vida armado não só para a luta material, mas, principalmente, para a luta moral.
Para despertar na criança as primeiras aspirações ao bem, para corrigir um caráter difícil, é preciso às vezes a perseverança, a firmeza, uma ternura de que somente o coração de um pai ou de uma mãe pode ser suscetível.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 54,
do livro Depois da morte, de Léon Denis,
ed. FEB e no poema Ensinamento, de Adélia Prado,

do livro Poesia reunida, ed. Siciliano.



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Os olhos do amor

O domingo era de sol e muitas crianças estavam no zoológico, trazidas pelas mãos dos pais.
Um artista armou sua pequena tenda e logo uma fila enorme de crianças se formou, aguardando que ele pintasse nos seus rostos patinhas de tigre.
Uma avó se aproximou com a netinha, cujo rosto era todo salpicado de sardas vermelhas e brilhantes. Um menino olhou para ela e gritou:
Você tem tantas sardas que ele não vai ter onde pintar! – A menina abaixou a cabeça.
A avó se ajoelhou para ficar à altura da garota e disse:
Adoro suas sardas.
Mas eu detesto, falou a pequena, com os olhos quase a derramar lágrimas e os lábios querendo fazer beicinho de choro.
A senhora passou o dedo pela face da neta e continuou:
Quando eu era menina, sempre quis ter sardas. Sardas são tão bonitas!
De verdade? Perguntou a menina, levantando o rosto.
Claro. Confirmou a avó. Quer ver? Diga-me uma coisa mais bonita que sarda.
A garotinha, olhando para o rosto sorridente da avó, respondeu suavemente:Rugas.
* * *
O singelo diálogo, na tarde ensolarada, foi uma declaração de amor entre duas gerações. Avós são criaturas especiais. Repassemos juntos o que as crianças pensam a respeito:
Avós ajudam você a lavar a louça, quando é sua vez de fazer a tarefa. E fazem com tanta alegria e espontaneidade, que você passa a aguardar, ansioso, a sua vez, no rodízio familiar, de realizar a tarefa novamente, para gozar daquela presença tão especial.
Avós são as únicas babás que não cobram extra depois da meia-noite. Ou melhor, nunca cobram nada, nem antes, nem depois da meia-noite. E ainda se oferecem para ficar com os netos no feriado, no final de semana, na noite de estreia de um filme, uma peça de teatro.
Avós são criaturas que chegam três horas mais cedo na sua apresentação de dança, na sua formatura, no seu casamento, porque querem se sentar num lugar de onde possam ver tudo, sem perder nada.
Eles têm a capacidade de fingir que não o reconhecem quando está fantasiado para a peça da escola, só para você achar graça da ingenuidade deles.
Avó é uma pessoa especial que coloca suéter em você quando ela mesma está com frio, vai alimentá-lo quando ela estiver com fome e procurará colocá-lo na cama quando ela estiver cansada.
Avós vão emoldurar o desenho que você fez e colocá-lo num lugar de destaque na sua sala de visitas.
Avós são pessoas que ajudam você com seus botões, laços de sapatos e zíperes, e não têm nenhuma pressa em ver você crescer.
Quando você é um bebê, os avós vão ver se você está chorando quando está no maior sono.
E quando um netinho diz: Vovó, como é que pode você ser tão bacana e não ter nenhum filho? - ela disfarça e segura a vontade de chorar.
Avós são pais e mães que se reprisam. Só que com mais doçura, que o tempo, a maturidade e o conforto da idade lhes conferem.
* * *
Se você goza da ventura de ter avós ao seu lado, ame-os.
E se não os possui, ame os avós de quaisquer netos, essas criaturas serenas que Deus mantém no mundo para testificar que amor com açúcar faz muito bem para a alma de quem está reiniciando a vida, neste imenso planeta de tantas lutas e dificuldades.

com base no cap. Mais bonitas do que sardas, de Sue Monk Kidd e no cap. O amor são as avós, de Erma Bombeck, do livro Histórias para aquecer o coração das mulheres, de Jack Canfield, Mark Victor Hansen, Jennifer Read Hawthorne e Marci Shimoff, ed. Sextante.


quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

A Borboleta e o Cavalinho

Esta é a história de duas criaturas de Deus que viviam numa floresta distante há muitos anos atrás.
Eram elas, um cavalinho e uma borboleta.

Na verdade, não tinham praticamente nada em comum, mas em certo momento de suas vidas se aproximaram e criaram um elo. A borboleta era livre, voava por todos os cantos da floresta enfeitando a paisagem. Já o cavalinho, tinha grandes limitações, não era bicho solto que pudesse viver entregue à natureza.
Nele, certa vez, foi colocado um cabresto por alguém que visitou a floresta e a partir daí sua liberdade foi cerceada. A borboleta, no entanto, embora tivesse a amizade de muitos outros animais e a liberdade de voar por toda a floresta,
Gostava de fazer companhia ao cavalinho, agradava-lhe ficar ao seu lado e não era por pena, era por companheirismo, afeição, dedicação e carinho. Assim, todos os dias, ia visitá-lo e lá chegando levava sempre um coice, depois então um sorriso.

Entre um e outro ela optava por esquecer o coice e guardar dentro do seu coração o sorriso. Sempre o cavalinho insistia com a borboleta que lhe ajudasse a carregar o seu cabresto por causa do seu enorme peso.
Ela, muito carinhosamente, tentava de todas as formas ajudá-lo, mas isso nem sempre era possível por ser ela uma criaturinha tão frágil. Os anos se passaram e numa manhã de verão a borboleta não apareceu para visitar o seu companheiro.
Ele nem percebeu, preocupado que ainda estava em se livrar do cabresto. E vieram outras manhãs e mais outras e milhares de outras, até que chegou o inverno e o cavalinho sentiu-se só e finalmente percebeu a ausência da borboleta.
Resolveu então sair do seu canto e procurar por ela. Caminhou por toda a floresta a observar c ada cantinho onde ela poderia ter se escondido e não a encontrou. Cansado se deitou embaixo de uma árvore.
Logo em seguida um elefante se aproximou e lhe perguntou quem era ele e o que fazia por ali. -Eu sou o cavalinho do cabresto e estou a procura de uma borboleta que sumiu. - Ah, é você então o famoso cavalinho? - Famoso, eu?
- É que eu tive uma grande amiga que me disse que também era sua amiga e falava muito bem de você. Mas afinal, qual borboleta que você está procurando?
- É uma borboleta colorida, alegre, que sobrevoa a floresta todos os dias visitando todos os animais amigos. - Nossa, mas era justamente dela que eu estava falando. Não ficou sabendo? Ela morreu e já faz muito tempo.
- Morreu? Como foi isso? - Dizem que ela conhecia, aqui na floresta, um cavalinho, assim como você e todos os dias quando ela ia visitá-lo, ele dava-lhe um coice.
Ela sempre voltava com marcas horríveis e todos perguntavam a ela quem havia feito aquilo, mas ela jamais contou a ninguém.
Insistíamos muito para saber quem era o autor daquela malvadeza e ela respondia que só ia falar das visitas boas que tinha feito naquela manhã e era aí que ela falava com a maior alegria de você.
Nesse momento o cavalinho já estava derramando muitas lágrimas de tristeza e de arrependimento. - Não chore meu amigo, sei o quanto você deve estar sofrendo.
Ela sempre me disse que você era um grande amigo, mas entenda, foram tantos os coices que ela recebeu desse outro cavalinho, que ela acabou perdendo as asinhas, depois ficou muito doente, triste e sucumbiu e morreu.
- E ela não mandou me chamar nos seus últimos dias? - Não, todos os animais da floresta quiseram lhe avisar, mas ela disse o seguinte:
Não perturbem meu amigo com coisas pequenas, ele tem um grande problema que eu nunca pude ajudá-lo a resolver.
Carrega no seu dorso um cabresto, então será cansativo demais pra ele vir até aqui.

Você pode até aceitar os coices que lhe derem quando eles vierem acompanhados de beijos, mas em algum momento da sua vida, as feridas que eles vão lhe causar, não serão mais possíveis de serem cicatrizadas.
Quanto ao cabresto que você tiver que carregar durante a sua existência, não culpe ninguém por isso, afinal muitas vezes, foi você mesmo que o colocou no seu dorso, OU PERMITIU QUE FOSSE COLOCADO.
“ Espero que você possa aceitar as coisas como elas são... Sem pensar que tudo conspira contra você... Porque parte de nós é entendimento... a outra parte é aprendizado...
Que você possa ter forças para vencer todos os seus medos... Que no final possa alcançar todos os seus objetivos... Que tudo aquilo que você vê e escuta possa lhe trazer conhecimento....
Que essa escola possa ser longa e feliz...pois parte de nós é o que vivemos, a outra parte é o que esperamos...
Que durante a sua vida você possa construir sentimentos verdadeiros....
Que você possa aceitar que só quem soube da sombra, pode saber da luz...”
Para ser feliz não existe poção mágica. É preciso somente que tenha a alma limpa e desprovida de mágoas e rancores.
Quanto mais tempo ficarmos remoendo as dores mais tempo levaremos para cicatrizar as feridas.
Estamos aqui de passagem. Nada trouxemos e nada levaremos. Cada um é livre para cumprir a sua missão...
Agradeço, Senhor, os verdadeiros amigos, mesmo imperfeitos e limitados!
Muitas vezes decepciono-me, esquecida(o) de que sou eu quem erra quando espero deles uma perfeição e um perfeito amor o qual somente Vós possui e mesmo aqueles que Vos amam verdadeiramente, são falhos, porque são humanos.

Agradeço, Senhor, pela sua compaixão, pela sua graça, pela sua bondade, que estão sempre presentes, sustentando-me nos momentos mais difíceis.


Agradeço, Senhor, pela pessoa que sou.
E QUE MEUS AMIGOS(AS) PERDOEM-ME POR SER IMPERFEITO(A) Que Assim Seja....