quarta-feira, 26 de abril de 2017

#dickadodia


segunda-feira, 10 de abril de 2017

#dickadodia

“Nunca desista de nada só porque é difícil,
afinal, o que é difícil de se conquistar,
também é difícil de se perder.”


sábado, 8 de abril de 2017

Sempre resta alguma coisa para amar

A peça de teatro intitulada Raisin in the sun, de Lorraine Hansberry, traz um trecho realmente admirável, que convida o público a refletir sobre os valores que guardam suas almas.
Na peça, uma família afroamericana recebe dez mil dólares, provenientes do seguro de vida do pai.
A dona da casa vê no dinheiro a oportunidade de deixar o gueto onde vivia no Harlem, e mudar-se para uma casa no campo, enfeitada com jardineiras.
A filha, uma moça muito inteligente, vê a oportunidade de realizar seu sonho de estudar medicina.
O filho mais velho, contudo, quer o dinheiro para que ele e um amigo iniciem um negócio.
Diz à família que, com o dinheiro, ele poderá trabalhar por conta própria e facilitar a vida de todos. Promete que, se puder lançar mão do dinheiro, proporcionará à família todos os confortos que a vida lhes negou.
Mesmo contra a vontade, a mãe cede aos apelos do filho. Ela tem de admitir que as oportunidades nunca foram tão boas para ele.
No entanto o tal amigo foge da cidade com o dinheiro. Desolado, o filho é forçado a voltar para casa e dizer à família que suas esperanças para o futuro lhe foram roubadas, que seus sonhos de uma vida melhor foram desfeitos.
A irmã atira-lhe no rosto toda sorte de insultos. Qualifica-o com as palavras mais grosseiras que se possa imaginar. Seu desprezo em relação ao irmão não tem limites.
Quando ela para um pouco para respirar, a mãe a interrompe e diz: Pensei que tivesse ensinado você a amar seu irmão.
A filha então responde: Amar meu irmão? Não restou nada nele para eu amar.
E a mãe diz: Sempre sobra alguma coisa para amar. E, se você não aprendeu isso, não aprendeu nada. Você chorou por ele hoje?
Não estou perguntando se você chorou por causa de si mesma e de nossa família, por termos perdido todo aquele dinheiro. Estou perguntando se chorou por ele: por aquilo que ele sofreu e pelas consequências que terá de enfrentar.
Filha, quando você acha que é tempo de amar alguém com mais intensidade? No momento em que faz coisas boas e facilita a vida de todos?
Bem, então você ainda não aprendeu nada, porque esse não é o verdadeiro momento para amar. Devemos amar quando a pessoa está se sentindo humilhada e não consegue acreditar em si mesma, porque o mundo a castigou demais.
Se julgar alguém, faça-o da forma certa. Tenha a certeza de que você levou em conta os reveses que ele sofreu antes de chegar ao ponto em que está agora.
Essa é a graça misericordiosa! É o amor ofertado quando não se fez nada para merecê-lo. É o perdão concedido quando não se fez nada para conquistá-lo.
É a dádiva que flui como as águas refrescantes de um riacho para extinguir as labaredas provocadas por palavras de condenação carregadas de ira.
O amor que o Pai nos oferece é muito mais abundante e generoso. A misericórdia de Deus é muito mais grandiosa e sábia.

Pense nisso.
Pense com o coração nesta lição e reflita sobre o seu amar, sobre as condições que você impõe ao outro para que o ame, e descubra a oportunidade de amar de verdade.
Por mais que as pessoas, com suas imperfeições, lhe tragam mágoa, desapontamento ou desilusão, lembre de que sempre resta alguma coisa para amar. 




Sempre resta alguma coisa para amar, de Tony Campolo, do livro Histórias para
o coração, v. 1, de Alice Gray, ed. United Press. 

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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Livros e livros


É melhor conhecer poucas coisas, boas e necessárias, do que muitas coisas inúteis e medíocres.
O aforisma é de Léon Tolstói, um dos maiores escritores russos de todos os tempos, e figura em sua obra Pensamentos de homens sábios, de 1904.
Ensinamento de data antiga, mas que sempre será atual e preciso. Nos dias de hoje, podemos dizer que é indispensável para aqueles que desejam uma vida bem orientada.
Outro pensador iluminado, Sêneca, traz uma outra afirmação deveras interessante:
Há um número excessivo de livros que existem apenas para entreter a sua mente. Portanto, leia apenas aqueles livros reconhecidos como bons.
O curioso é que o filósofo Sêneca viveu entre o ano quarto – antes da Era Cristã, e o ano sessenta e cinco – depois de Cristo.
Suas ideias já desvendavam o futuro também, por certo, quando teríamos uma infinidade de títulos à nossa disposição.
Vivemos a época das obras literárias descomprometidas, escritas de qualquer forma, escritas por qualquer um.
Títulos e mais títulos enxameiam nas livrarias, querendo conquistar os leitores com seus temas provocantes, com suas capas chamativas, com suas propostas inusitadas.
A literatura transformou-se num grande mercado, e isso trouxe uma nova realidade para o mundo.
Em nome de uma suposta liberdade de expressão, temos tudo que se possa imaginar.
Por isso temos que ter cuidado, muito cuidado, e saber selecionar bem o que lemos.
Existem livros e “livros”. Obras que se dizem apenas entretenimento, e obras que têm propostas mais profundas e belas.
Temos que ser cuidadosos com os modismos, que fazem com que vários autores escrevam sobre uma mesma ideia ao mesmo tempo.
Revelando isso, desvendando aquilo que o outro já explicou etc.
Infelizmente, temos muitos exploradores de temas momentosos, que alardeiam em suas capas que irão trazer novas informações, mas que, em verdade, são apenas reprises com caras novas.
Assim, como a leitura é um grande alimento da alma, temos que escolher muito bem o que irá compor essa nossa alimentação intelectual.
Primar pela qualidade e não pela quantidade faz-se fundamental.
Ler muitos e muitos livros, apenas para ficar atual, ou para dizer que lê n obras por mês, é pura vaidade e perda de tempo.
As obras ricas, os verdadeiros tesouros da literatura, nunca deixam de ser atuais, e podem ser lidas várias vezes, e em cada nova leitura iremos encontrar coisas novas.
* * *
Procuremos educar nosso hábito de leitura. Procuremos referências seguras e experientes para decidir o que ler.
Obviamente que uma leitura leve, vez ou outra, não nos fará mal.
Mas que tenhamos como peças principais de nossa vida as verdadeiras obras, ricas da arte de escrever, aquelas que têm o poder de fazer pensar, de provocar indagações profundas em seus leitores.
Os grandes livros têm o poder de transformar os homens, através das ideias que lhes inspiram. 



Pensamentos para uma vida feliz, de Léon Tolstói, ed. Prestígio.


quarta-feira, 5 de abril de 2017

Superação




"Quando você conseguir superar problemas graves não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida. 


Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção que permitiu a cura. 

Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo..

Chico Xavier

terça-feira, 4 de abril de 2017

A empatia comunica o amor

Todos nós, pais, amamos nossos filhos e queremos o melhor do mundo para eles.
Temos essa certeza dentro de nós e só Deus sabe o que somos capazes de fazer, de passar, de suportar, por amor aos nossos pequenos.
Mas será que estamos comunicando esse amor de forma correta? Ou melhor: será que nossos filhos sentem que os amamos tanto assim?
Ah, mas eu digo sempre!
Entretanto, será essa forma, puramente verbal, suficiente e a única existente?
Vamos descobrir que não, e mais, que podemos amar nossos filhos, sim, mas que podemos não estar comunicando esse sentir de forma adequada a eles.
São muitas as formas de demonstrá-lo, e uma delas, de suprema importância, é a empatia.A empatia comunica o amor.
A empatia estimula a proximidade terna, a intimidade e elimina a solidão.
Assim como a empatia aproxima seu filho de você, também aproxima você dele. Quando nos colocamos no lugar de outra pessoa, quando realmente conseguimos captar o seu ponto de vista, repentinamente acontece algo: o comportamento dessa pessoa passa a ter sentido.
Vejamos um exemplo simples, mas significativo:
Karen, uma menina de três anos, fica com medo do barulho supersônico de um avião e corre chorando para a mãe.
Na reação típica, a mãe diz: Ora, minha filha, é apenas um barulho supersônico feito por um avião. Você não precisa ter medo.
Essa tentativa de tranquilizar a criança diz, em essência: Não tenha esse sentimento de medo. Não há necessidade de ter medo do barulho de aviões.
Evidentemente, a mãe tenta acabar com o medo por meio de uma explicação lógica. Mas os barulhos muito fortes são realmente assustadores para crianças pequenas, qualquer que seja a sua causa.
A lógica acaba com a empatia, nesse caso. E Karen não se sente compreendida. As explicações são mais úteis depois dese ter lidado com os sentimentos.
No momento dos sentimentos fortes, a primeira necessidade é de compreensão. As explicações podem ficar para depois.
Na reação empática, temos: a mãe de Karen abraça a filha e fala: Meu Deus, foi um barulhão. É terrível!
Nesse breve momento, a mãe de Karen entra no mundo atemorizado da filha e mostra que a compreende.
A resposta empática diz a Karen: Mamãe está comigo. Ela sabe como me sinto.
Quando a criança sabe que seu medo é compreendido, ela é mais capaz de ouvir a razão lógica para a causa do medo.
A empatia é ouvir com o coração e não com a cabeça. Se a resposta empática é dita em tom frio, neutro, a criança não se sente compreendida.
Possivelmente, já devemos ter relatado uma experiência a outra pessoa, que nos respondeu assim: É... deve ter sido difícil para você...
Nós sabemos quando esse dizer é verdadeiro ou apenas pro forma. Quando ele é verdadeiro, nós nos sentimos compreendidos e não há nada melhor do que se sentir assim, não é?
Precisamos, como pais, mergulhar com mais frequência, no mundo dos sentimentos de nossos filhos. Só assim eles se sentirão amados. Só assim eles irão se sentir amparados.
Isso é ser companheiro de uma vida! Isso é amar! A empatia comunica o amor.

cap.12, do livro Autoestima de seu filho,de Dorothy Corkille Briggs, ed. Martins Fontes