domingo, 24 de abril de 2016

Quando me amo

Quando me amo...

Acendo uma luz que clareia meus porões esquecidos, deixando para trás os erros e derrotas de tempos idos, e volto a respirar.
Quando me amo...
Aprendo a olhar para dentro, descobrindo-me em parte “potência”, em parte “possibilidade” – aquilo que já sou, aquilo que serei; onde já estou, onde quero estar.
Quando me amo...
Acolho-me feito mãe acolhe um filho ferido: dando colo, amparando o choro, aconselhando a refazer os caminhos. Não me engole a culpa; não me desestimula a derrota.
Quando me amo...
Cuido do corpo, como o lavrador cuida de sua enxada – instrumento preciso de trabalho e de vida adorada.
Cuido também da nutrição da alma: o que escolho assistir, o que escolho ler, pensar e dizer.
Quando me amo...
Vejo minh´alma como a escultura debaixo do mármore de Michelangelo, e entendo que a dor é cinzel que vai retirando um pouco aqui, um pouco lá, até que tudo se transforme em belo Davi.
Quando me amo...
Clareio também a tua face, pois toda luz não fica guardada, não há quem disfarce, um farol a reluzir sobre um monte erguido no ar.
Quando me amo...
Inspiro o teu autoamor, para que possas te amar e crescer, assim como nova flor, que um dia foi broto, que um dia foi semente, que um dia foi sonho de florescer.
Quando me amo...
Amo-te com mais profundidade, pois conhecendo-me, conheço-te melhor também.
* * *
A proposta de Jesus em torno do amor é das mais belas psicoterapias que existe:
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, numa trilogia harmônica.
Como ainda temos dificuldade em conceber o absoluto, para nos adequarmos à proposição crística, invertemos a ordem do mandamento, amando-nos de início, afim de desenvolver as aptidões que dormem em latência e acumularmos valores iluminativos, ao longo dos dias.
Assim, nosso grande caminho de amor precisa começar com o auto amor, pois sem auto amar-se, o homem não consegue amar ao seu próximo e tão pouco amar o Criador.
Começamos a jornada dentro de nós, pois autoamor pede autoconhecimento, pede mergulho profundo para dentro de nós.
O auto conhecimento é o meio prático mais eficaz que temos para melhorar nesta vida e resistirà atração do mal.
E quem trabalha por sua melhora está se auto amando.
Cada movimento que fazemos no sentido de desenvolver nossas aptidões, e de acumular valores que nos façam pessoas melhores, é auto amor.
Naturalmente, esse amor a nós mesmos nos conduzirá ao nosso próximo.
Primeiro, porque o autoamor só se constrói e se vitaliza no encontro.
Segundo, porque quando temos uma cota de amor mais madura, mais consciente, conseguimos amar o outro melhor.
Nossas relações se harmonizam, nosso coração fica em paz, nossas angústias desaparecem.
* * *


Que possamos nos proporcionar mais momentos de autoencontro, com o objetivo de aprimorar nosso autoamor, que é a chave de todo nosso desenvolvimento no Universo.




com base no poema Quando me amo, de Andrey Cechelero 
e no cap. 13, ítem Amor de plenitude, do livro Amor, Imbatível
Amor, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco


sábado, 23 de abril de 2016

Nem Tudo é Fácil





É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas... É difícil pedir perdão?
Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o... É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga... É difícil se abrir?

Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça... É difícil ouvir certas coisasMas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...
Mas, com certeza, nada é impossível Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!




Poetisa Mineira Glácia Daibert


sexta-feira, 22 de abril de 2016

A Lição do Açúcar


Um certo dia, um pastor foi em uma escola falar de Deus.
Chegando lá, perguntou se as crianças conheciam a Deus, e elas responderam que sim.
Continuou a perguntar e elas disseram:
"- Deus é o nosso pai. Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela; nos fez como filhos dele."
O pastor se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca o viram?
A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido, levantou a mãozinha e disse:
- A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela tira, fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não o vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica... sem sabor.
O homem sorriu, e disse:

- Muito bem, Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida.
Orou, deu a benção e foi embora da escola surpreso com a resposta daquela criança.
Não esqueçam de colocar açúcar em suas vidas...



quarta-feira, 20 de abril de 2016

Saber Viver

Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe,
braço que envolve,
palavra que conforta,
silencio que respeita,
alegria que contagia,
lágrima que corre,
olhar que acaricia,
desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar.
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

Cora Coralina

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Eduque as Emoções

Cada momento da vida guarda lições e aprendizados muito especiais.

No trabalho da educação da mente, reside uma grande dificuldade para a maioria das pessoas.

Quando você esteja à frente alguém que lhe é apresentado, ou alguém que esteja vendo por primeira vez, é comum a excitação das conjecturas.

Há momentos em que você é tomado por grandes simpatias, à primeira vista, entregando-se, totalmente, ao “amigo” novo.

Em nome do bom senso, será recomendável que você trate a todos com fraternidade, deixando, porém, a maior abertura do coração para depois do devido entrosamento, do necessário conhecimento recíproco, o que a convivência cuidadosa permite.

Assim agindo, trabalhará com simpatia, sem se queixar de frustrações ou decepções, decorrentes do estouvamento e invigilância tão comuns em muitas almas.

Há circunstâncias, porém, nas quais você marca o novo conhecido por tremenda antipatia, prevendo ou prejulgando-lhe o caráter, fazendo-se enormemente fechado, frio e antipático, cerrando qualquer chance de maior aproximação do outro.

Não há nenhuma necessidade de tanta friagem emocional.

Pode-se ter cuidados e manter cautelas com gestos fraternos, com espírito de cooperação, devidamente eqüidistante dos arroubos entusiásticos e das posições de gelo.

Evite tachar as pessoas, antes de as conhecer eminentemente.
Como é perfeitamente natural que você tenha o seu parecer inicial sobre qualquer pessoa, e isso é inevitável, pelo menos reserve espaço para mudar de opinião e de postura, na medida do maior contato, para que não peque por excesso ou por falta, guardando-se em clara maturidade emocional.
Nunca suponha que estará deixando de ser bom cristão se tiver cautelas emocionais. Não, não é assim.
O mundo está repleto de crimes perpetrados na hora do acordamento de muita gente.
“Descobri que fulano não era quem eu pensava”.
Mas, era você que pensava, e não o fulano que afirmou ser o que você pensava...
“Sofri decepção com beltrano”.
Com beltrano não é bem o caso. A decepção foi consigo mesmo que fez um juízo muito avantajado do outro, sem considerar que o outro é igualmente falível, porque é gente.

Eduque as suas emoções relativamente ao contato humano. Você só terá a crescer, aprendendo a descobrir as suas reais afinidades d’alma, identificando aqueles que não lhe sejam tão amistosos, conseguindo, não obstante, conviver e ser útil a todos.

Meditação: Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.(Cap. XVII, item 3, nono parágrafo – ESE)

Pelo Espírito de: Joanes
Psicografia de: J. Raul Teixeira
Livro: Para Uso Diário


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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Os Três Crivos


Certa vez, um homem esbaforido achegou-se ao grande filósofo e sussurrou-lhe aos ouvidos:
- Escuta, Sócrates... Na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
- Espera!... -ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que vais me dizer pelos três crivos?
- Três crivos? -perguntou o visitante espantado.
- Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto àquilo que pretendes comunicar?
- Bem, - ponderou o interlocutor, - assegurar mesmo, não posso...Mas ouvi dizer e ...então...
- Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que me queres contar?
Hesitando, o homem replicou:
- Isso não... Muito pelo contrário...
-Ah! - tornou o sábio - então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.
- Útil?!... aduziu o visitante ainda agitado. - Útil não é.
- Bem - rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que de nada valem casos sem edificação para nós!...
Aí está, meu amigo, a lição de Sócrates, em questão de maledicência...



terça-feira, 5 de abril de 2016

O Preguiçoso



Diz o preguiçoso: 
"amanhã farei".

Exclama o fraco: 

"amanhã, terei forças".

Assevera o delinqüente: "amanhã, regenero-me".




 


É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a bênção do dia, vive
distante da glória do século.



Médium: Chico Xavier Autor: Emmanuel 
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segunda-feira, 4 de abril de 2016

O Bem e a Meta

Surge a Era Nova.
O sol da esperança desbasta as trevas da ignorância.
Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova.
Sem alarde, em luta ingente, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã.
Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, corno fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo.
Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apóiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão.
Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não, porém, grupo ao abandono.
Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações.
O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade.
Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor.
Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas.
Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa - como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar.
Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas.
Passada a tempestade, a luz volta a fulgir.
A sombra é somente ausência da claridade. Não é real.
Só Deus é Vida; somente o Bem é meta. 

domingo, 3 de abril de 2016

A Fé Move Montanhas

“Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.” Mateus 17:20. – A fé move montanhas… Eu nem sequer imagino quantos livros já foram escritos baseados nos ensinamentos de Jesus. Os evangelhos dão margem a muitas interpretações diferentes, e cada livro extrai deles o que melhor se adapta aos conceitos e crenças de seus autores. Um aspecto muito explorado do ensino de Jesus é o poder do pensamento. Mas esse assunto fica restrito aos chamados livros de autoajuda. Há pessoas que têm coceira só em pensar em livro de autoajuda. Eu confesso que durante muito tempo tive esse preconceito. Tudo o que se fala e se escreve sobre pensamento positivo é o que foi ensinado por Jesus. Cada autor desenvolve sua linha de raciocínio, cada livro acrescenta exemplos pessoais. Mas de novidade, mesmo, nada. Um tema que sempre me chamou muito a atenção foi a escravidão. Lembro que quando eu era criança não entendia como era possível que muitos fossem dominados por poucos. Não entendia como centenas se deixavam mandar por meia dúzia. Havia uns poucos exemplos de insubordinação, como Zumbi dos Palmares, Spartacus ou o Ben-Hur do filme, interpretado pelo Charlton Heston. Só bem mais tarde fui compreender que para haver uma revolta bem sucedida, é preciso união. É preciso que todos se unam, juntem suas forças numa só força. E isso, infelizmente, não é tão fácil como eu pensava na infância… Jesus nos deixou seu ensinamento há dois milênios, e ainda estamos procurando a melhor maneira de interpretá-lo e praticá-lo. Se fosse possível a união, se fosse possível que todos juntassem suas forças numa só força, como no caso da escravidão, conseguiríamos colocar em prática o que ele nos ensinou. Se seguíssemos o ensino moral de Jesus, não haveria desconfiança, pois todos seríamos sinceros. Não haveria discórdia, pois todos seríamos compreensivos. Não haveria fome, nem frio, nem sede sem saciar, pois olharíamos por nossos irmãos como olhamos por nós mesmos. Não haveria mágoa nem rancor, pois perdoaríamos qualquer ofensa. Isso se houvesse ofensa, pois agiríamos para com o próximo de acordo como gostaríamos que ele agisse conosco. Sim, haveria paz no mundo. Mas isso é apenas parte das consequências do seu ensino. Pois tudo isso se refere ao seu ensinamento moral. Mas há outra parte importantíssima de seu ensino, que mencionei acima, que é o pensamento, a força do pensamento, a fé que move montanhas. No dia em que você for capaz de acreditar em si mesmo, será capaz de qualquer coisa. O seu pensamento é determinante para tudo em sua vida. O que a sua mente subconsciente aceita como verdadeiro, ela atrai, invariavelmente. Você sabe por que você não cria tudo o que quer? Porque quase sempre, ao mesmo tempo em que você “quer” criar, você “teme” não conseguir. Ao mesmo tempo em que você “deseja” ardentemente, você “duvida” intimamente que vá conseguir alcançar. O resultado é que um pensamento anula o outro. Por isso a importância de aprendermos a controlar o pensamento. O pensamento é criador. Jesus nos ensinou isso claramente, várias vezes. Isso é tão importante, tão verdadeiro, tão grandioso, que praticamente não foi comentado e estudado por quase dois mil anos, sendo mantido como um segredo nas mãos de poucos. Somente em meados do século XX é que começaram a dar uma maior ênfase a esse aspecto do ensino de Jesus. O domínio sobre o pensamento confere muito poder a quem o conquista. Quem exercer o controle sobre o próprio pensamento terá em mãos uma força incalculável, que pode ser usada para o bem ou para o mal. O poder do pensamento é neutro, somos nós que determinamos sua direção. Por isso Jesus nos ensinou tantos preceitos morais. Para que ao longo dos séculos fôssemos nos aprimorando e reformando intimamente, para que pouco a pouco fôssemos apreendendo conceitos espirituais elevados, princípios morais sólidos. Só assim teremos responsabilidade para utilizar corretamente esse imenso poder que temos dentro de nós, e que cada vez mais vem sendo despertado e ativado. Domine seu pensamento. O pensamento é criador.

sexta-feira, 1 de abril de 2016

A palavra sincera

Você sabia que a palavra sincera foi criada pelos romanos?
Eles fabricavam certos vasos com uma cera especial tão pura e perfeita que os vasos se tornavam transparentes.
Em alguns casos era possível distinguir os objetos guardados no interior do vaso.
Para um vaso assim, fino e límpido, diziam os romanos:
Como é lindo! Parece até que não tem cera!
Sine cera queria dizer sem cera, uma qualidade de vaso perfeito, finíssimo, delicado, que deixava ver através de suas paredes.
Com o tempo, o vocábulo sine cera se transformou em sincero e passou a ter um significado relativo ao caráter humano.
* * *
Sincero é aquele que é franco, leal, verdadeiro, que não oculta, que não usa disfarces, malícias ou dissimulações. A pessoa sincera, à semelhança do vaso, deixa ver, através de suas palavras, os nobres sentimentos de seu coração.
Assim, procuremos a virtude da sinceridade em nossos corações. Sim, pois na forma de potencialidade, ela está lá, aguardando o momento em que iremos despertá-la e cultivá-la em nossos dias.
Se buscamos a riqueza do Espírito, esculpindo seus valores ao longo do tempo, devemos lembrar da sinceridade, desse revestimento que nos torna mais límpidos, mais delicados.
Por que razão ocultar a verdade, se é a verdade que nos liberta da ignorância?
Por que razão usar disfarces, se cedo ou tarde eles caem e seremos obrigados a enfrentar as consequências funestas da mentira?
Por que razão dissimular, se não desejamos jamais ouvir a dissimulação na voz das pessoas que nos cercam?
Quem luta para ser sincero conquista a confiança de todos, e por consequência seu respeito, seu amor.
Quem é sincero jamais enfrentará a vergonha de ser descoberto em falsidades.
Quem luta pela sinceridade é defensor da verdade do Cristo, a verdade que liberta.
* * *


Sejamos sinceros, lembrando sempre que essa virtude é delicada, é respeitosa, jamais nos permitindo atirar a verdade nos rostos alheios como uma rocha cortante.
Sejamos sinceros como educadores de nossos filhos. Primemos pela honestidade ensinando-lhes valores morais, desde cedo, principalmente através de nossos exemplos.
Sejamos sinceros e conquistemos as almas que nos cercam.
Sejamos o vaso finíssimo que permite, a quem o observa, perceber seu rico conteúdo.
Sejamos sinceros, defensores da verdade acima de tudo, e carreguemos conosco não o fardo dos segredos, das malícias, das dissimulações, mas as asas da verdade que nos levarão a voos cada vez mais altos.
Por fim, lembremo-nos do vaso transparente de Roma, e procuremos tornar assim o nosso coração.

com base no texto A palavra sincera, de Malba Tahan.